Ignorância

Hoje presenciei uma conversa entre dois amigos meus (sim, presenciei porque a minha contribuição foi praticamente nula) e senti-me verdadeiramente burro.

Fez-me perceber o quão ignorante sou em um sem fim de matérias e que muito me falta para aprender.

Não me sinto mal. Gostei, até.

Um despertar da realidade de vez em quando não só é bom como até... necessário.

Pezinho de Dança

Mais uma saída do belo Diário Insular...
Não é que haja alguma coisa errada com o texto, nem que a notícia seja particularmente chocante ou absurda.

Trata-se de uma pequena coluna, praí a meio do jornal que refere um campeonato de dança.

Não tenho jeito nenhum para dançarino, se há quem diga que tem pés de chumbo eu tenho o corpo inteiro. Mas respeito quem o faz.
Acho que é um bom exercício físico, constrói auto-confiança (sim, porque para arriscar a fazer figura de urso à frente de um monte de gente é mesmo preciso auto-confiança) e para além do mais é uma actividade social que está a cair em desuso e que na minha opinião é muito melhor que andarem todos enfiados em discotecas em que só se mexe os ombros por falta de espaço e onde andam todos bêbados, drogados ou os dois... ou pior...

O que me chateia nesta redacção/notícia/reportagem/etc é o tempo que demorou a sair.
É que a notícia é referente a um acontecimento do dia 15 deste mês... porquê tanta demora?
Acho que tanto este, como em geral todos os jornais, deveriam dedicar muito mais tempo ao que há de bom na vida, às coisas que aumentam a nossa felicidade, instruindo-nos em como obtê-las e participar nelas.

Nem um comentário a contactos se faz. Refere-se muito por alto qual é a entidade organizadora, mas não sabemos mais que o nome. Nem sequer diz onde aconteceu!
Eu por acaso até sabia deste acontecimento, tenho alguns amigos inscritos numa das escolas participantes.
Mas só por isso... uma modalidade fundamentalmente boa para todos fica reduzida a palavra-de-boca, a conversas de café.

Dito isto, a merda dos barcos que se andam a construir são foco diário. Já todos sabemos que o governo não presta, que os barcos quando estiverem prontos não vão valer um tomate esquerdo, que a base anda a despedir e que há meninas prontas a fazer massagens à distância de um telefonema...

Vivemos numa terra de pessimismo, onde só o negativo vende jornais.

Discordo e oponho-me, mas infelizmente sou só um e a minha opinião de nada vale...

Joana come a Papa

Muita se fala agora do discurso do Papa, mas também, muito se fala sobre muita coisa.
Embora muito me custe dizer isto (e acreditem que me custa MESMO muito concordar com a igreja) acho que ele tem toda a razão... e passo a explicar:

Se a doutrina, ou seja, a lei da Igreja diz que só há sexo para procriação e que não há sexo com mais ninguém a não ser o respectivo marido ou mulher, então não precisamos de preservativos pra nada.

Se um casal apanha SIDA, essa irá morrer com eles e não passa a mais ninguém a não ser um filho ou dois... que não vão durar muito depois de nascer.
Essencialmente, morre ali com aqueles coitados.
O que a nível da Natureza, está tudo muito bem... é cruel mas é verdade.

Em relação às gravidezes... não "brinquem" antes de se casarem que não há acidentes!

Nunca se pode pedir que a ICAR dê o braço a torcer tanto na questão do aborto como na do preservativo. Se o chefe deles de lá de cima diz "crescei e multiplicai-vos" usar preservativos ou fazer abortos vai directamente contra as regras.

Tentem no vosso trabalho ir contra a próxima ordem que o chefe vos der, só pra ver o que é que acontece...

Ou então assaltem um banco... quando aparecer a polícia digam que não acham que devam ir presos, só porque não concordam com a lei... Eu levo-vos uns cigarros à cela no dia das visitas.

Invasores

Chamaram-me à atenção que a hortênsia, ou hortense, como preferirem, é uma planta invasora.
Não sabia, mas confesso que tem piada.

Dado que essa flor é um dos marcos da nossa região, altamente usada na publicidade túristica, parece-me mal.

E depois penso... O castelo que se diga mais importante de angra, é o de S. João Baptista... construído pelos Filipes de Espanha!
E a nossa festa mais conhecida são as touradas... também de origem espanhola!
E o emprego ideal de qualquer terceirense é trabalhar na base... americana!

Isto é mesmo uma terra que adora os seus invasores!
Mas também o que é que se podia esperar de um arquipélago que deve o seu nome a uma ave que nunca por cá existiu?

Carta de Pischoten

Voltando às minhas tendências suicidas, o alvo hoje é a revista di.
É que o raio do pasquim nem pra limpar o cú serve! As folhas tem mais plástico que os sacos do hiper e mais químicos na tinta que o depósito de combustível do meu carro!
Nem jornal nem merda nenhuma, é um "suplemento" de domingo. Eu devo mesmo detestar a minha vida!
Se a 3ª guerra mundial estalar numa sexta à noite, nós angrenses só ficamos a saber na segunda-feira de manhã.

Mas voltando à vaca fria.

O tema de abertura da revista desta semana é a já conhecida carta de Linschoten, que já todos vimos num momento ou outro na escola, nos jornais, na televisão, no café da esquina por cima do sinal de "á tramoço e minuins" ou seja lá o que for.

Um velhote qualquer decidiu dedicar grande parte do tempo de vida que lhe resta a olhar para um desenho de Angra, do ano de mil-quinhentos-e-troca-o-passo e chegou à magnífica conclusão de que aquilo foi rabiscado por portugueses e não pelo tal holandês.

...

E eu a pensar, "olha parabéns para ti!"

...

Mas por pontos.
A grande revelação inicial é que a cidade está 70% igual ao que era naquela altura, a nível correspondente de 28 palmos (não, eu não ando a tirar um curso de grego).
A sério?!?!? A cidade de Angra é o mesmo atraso de vida que era há 500 anos atrás?!? Bastava entrar em qualquer café a meio da manhã, logo asseguir ao almoço ou ao fim da tarde.... quer dizer, basicamente a qualquer hora do dia, para ouvir TODA A GENTE a queixar-se que ESTA MERDA NUNCA MUDA E ISSO É TUDO MENOS BOM!!!!
Mas o hilariante aqui é que ele diz, e passo a citar "Se abdicarmos dessa medida (...) a coincidência é maior".

Em português directo, se olhar-mos para uma laranja e uma bola de ténis sem USARMOS REGRAS DE COMPARAÇÃO podemos dizer que são iguais!!! Que coincidência!!! Uau!! Redondo! Maravilha!!!! Dêem um Nobel ou um Oscar ou o raio que o parta áquele homem!!!
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Eu a este ponto só penso, coitado do velho que já chumbou o mestrado de certeza...
...
Segue com mais uma carrada de contradições, um quilo e meio de parvoíce...
E eu penso... Mas para QUÊ?!!!!??? Minha nossa senhora expliquem-me porquê!!!!!!

Porque é que há-de um homem que, a julgar pela foto no jornal já tem uma idade avançada e pelo conteúdo da "notícia" uma carreira estável de engenharia na cidade do Porto, se há-de sujeitar ao ridículo dizendo barbaridades tipo "A ribeira vinha pelo terreiro (...) e chegava à baía, onde existiam umas bicas." só para ser completamente desmentido por Álvaro Monjardino que COM PROVAS diz que essas bicas eram abastecidas por uma nascente que lá havia.

Então este tosco leva sei lá quanto tempo a ollhar praqueles rabiscos e nem repara que algures entre o nascer da ribeira e o Pátio da Alfândega há um matadouro?!?!?
Quem é que no seu perfeito juízo quer beber/lavar/cozinhar com água cheia de tripa, merda e sangue?!?

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Eu adoro visão selectiva! O que eu quero vejo muito bem (até demais), mas o que eu não quero não se consegue decifrar, ou pode ser muita coisa ou [insert lame excuse here].
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Mas, segundo o jornal, a "bomba" deste estudo é que é possível que a carta não tenha sido desenhada pelo holandês, mas sim por meia dúzia de portugueses.
Antes de mais, começa mal dizendo "Acredito que o levantamento e o desenho foram realizados por cartógrafos portugueses". Já começam com esta tanga de orgulho nacionalista outra vez...
Por um lado é "se está bem feito só pode ser português!", por outro é "Este país é só tachos! Ninguém sabe o que anda a fazer!"
Decidam-se minha gente... os tugas são bons no que fazem ou não ?!?

O veco afirma que "Linschoten editou a Carta (...) mas não foi ele quem a desenhou" e depois faz uma ou outra referência a isto ter sido um trabalho encomendado.
Não duvido nada que tenha sido assim.
E digo mais... estou-me a cagar! Mas o que raio é que isso interessa?!? Quem é que escreveu o livro onde saiu essa carta? Quem é que fez a tal viagem no barco afundado não sei de onde? Se foi um trabalho encomendado, quem é que pagou por ele?!?!? Não se pode dizer que ele comprou essa carta, tornando-a para todos os efeitos sua propriedade?


Diz o homem que deveríamos chamar ao desenho "carta de Angra".

Concordo... Vamos chamar-lhe Torre de Paris, porque o Eiffel não foi lá soldar e aparafusar e o caraças ele próprio. Vamos chamar-lhe Castelo de Angra porque o S. João Baptista não foi acartar os calhaus pras muralhas!

Por amor de Deus... arranjem um trabalho! Deixem as brincadeiras para as crianças e comportem-se como adultos!

Guild Wars

É o vício do momento.

Este MMO já está na minha prateleira praí à três anos, mas parei já nem sei porquê.
Acho que foi porque comecei com o WoW... deve ter sido isso.
No entretanto a guita pro Warcraft foi pra outras coisas supérfluas, tipo comida, electricidade e afins e voltei a pegar neste bicho.

Numa palavra, gosto.

Sem contar com a compra do jogo em si (os cd's, ou o número de conta como preferirem), deve ser o único MMORPG 100% grátis que preste que se encontra por aí.
Já vi PWI's, RPG Quests e um monte de outras tretas tipo Tribal Wars e OGames e assim, e sempre me chateou a ideia de "podes jogar o jogo, mas quem paga tem acesso a mais um quilo e meio de merdas pra fazer/usar".

Com este, nada disso. Tudo o que consegues ou deixas de conseguir está dependente da tua capacidade enquanto jogador.

A qualidade gráfica está muito boa, as personagens (humanas) são muito realistas, ao contrário p. ex. do WoW que é um bocado cartoonish, as paisagens são nalguns pontos deslumbrantes e os ambientes estão muito bem desenhados. Os efeitos gráficos dos spells estão particularmente bons, transformando o campo de batalha numa explosão de cores sem parecer fogo de artifício.

O som está bem conseguido, diferentes áreas com diferentes bandas sonoras, o ambiente (pássaros, vento e etceteras) está apropriado, ao ponto de se ouvir pingos de água em certas cavernas por exemplo.
Admita-se que algumas criaturas tem sonzinhos bem irritantes (beetles anyone?) mas nada que bata os morlocs do WoW.

Mas acima de tudo, este jogo tem uma coisa rara de se encontrar hoje em dia: It's fun!

É muito divertido. Algumas quests levam por um caminho romântico, ajudando um gajo qualquer em várias tarefas para cortejar a sua amada, enquanto que outras seguem por um mais "triste", levando uma mensagem de um casal de espíritos/fantasmas ao seu filho órfão.
Há uma ou duas de partir a rir (lembro-me do Drakes on a Plain)... enfim são variados.

É claro que também há uma boa quantidade de "vai ali e mata aquele", mas não podem ser só coisas boas, certo?

As 4 storylines do jogo são "imersivas", tornando a personagem (Eu) verdadeiramente parte da história e uma peça importante no palco de Tyria.

No futuro, mais insights sobre este meu "novo" vício.