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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Escrita de Segunda

Merece mencionar João Rocha, pelo seu artigo na União de hoje.
Não tenho memória de, nos jornais locais, ver falar mal tão bem assim.

Os meus parabéns!

domingo, 30 de agosto de 2009

The Brick Testament

Aconselha-se uma visita a The Brick Testament.
Alguém teve (e tem, que pelo que o site diz, isto é um trabalho em progresso) a enorme pachorra de traduzir a bíblia para Legos.
É difícil de explicar, só mesmo visto.
Pensem numa bíblia ilustrada em que todas as ilustrações são feitas com montagens de Lego.

Afinal não foi assim tão difícil de explicar...

Mas enfim, ide e vejai, que vale a pena!

Me ensina, vai!

Roubada do DevianTARTLá de vez em quando aparece mais um escândalo de uma professora e um aluno. Sim porque a professora é sempre mulher e o aluno é sempre rapaz... Nunca se ouve falar em um professor e uma aluna.

Tanto quanto eu saiba, os homens são (por fama) muito mais propensos a indiscrições que as mulheres. Seria de esperar que se ouvisse falar de mais casos masculinos.
Se calhar é porque em regra os reitores e directores da escola são homens e acabam por se encobrir uns aos outros. Ou se calhar é porque eles fazem as suas indiscrições fora do trabalho, não sentindo necessidade de o fazer na escola?

Este tipo de pessoa devia mudar de carreira. É uma profissão de honra, de respeito. Os pais confiam nos professores quando deixam os seus filhos ao cargo destes.
É uma quebra de todas as regras da profissão, da moral e das convenções sociais haver algum envolvimento entre professor e aluno.

É tão mau quanto uma relação médico-paciente...

Não era suposto haver uma filtragem no processo de contrato? Lá na escola onde se ensina a ensinar? Ou mesmo já depois de contratado, pelos colegas ou patrões ou seja o que for? E o que é que se pode fazer para prevenir este tipo de coisa?

E mais importante, onde é que andavam estas professoras quando eu estava na escola?!?

Tecnoxcesso

Do you dream?A nossa sociedade está a enveredar por um caminho perigoso, no que toca a tecnologia.
É certo que devemos aproveitar tudo o que os avanços tecnológicos tem para nos oferecer, mas começa a ser um exagero.

Estamos a ficar sem contacto humano, as pessoas quase que já não se vêem, não se tocam, não conversam umas com as outras. Estamos a substituir situações que eram características por serem interacções humanas.

No fundo, estamos a substituir pessoas por máquinas.

Hoje em dia já não se sai com os amigos. Fica-se em casa a falar com eles pelo messenger.
Já não se joga futebol no meio da rua, joga-se World of Warcraft sentado no sofá.
Já não se vai ao banco levantar dinheiro, há multibancos por todos os lados.
Já não se vai aos correios depositar uma carta, manda-se um e-mail.
Quando telefonamos para algum serviço, somos atendidos por uma máquina.
Queremos pedir um crédito, preenche-se um formulário online.
Inscrever para uma escola? Yep, online.
E mais, a lista continua... faz-se tudo na internet. Compras, aluga-se filmes, ouve-se música, paga-se contas...
Até já há máquinas que nos revelam as fotografias, já não é preciso ir ao fotógrafo.
Já não há revisores nos metros, a cancela só abre com bilhete.

Já não se vai conversar para o café, escreve-se um blog :p

Humor Mórbido !?

Do-it-yourself abortionIsto do humor é um bocado como o rock, as categorias são imensas, principalmente no que toca a anedotas.
Há insultos, lições de moral, dia-a-dia, paródia, racistas, adivinhas, secas, sem sentido, absurdas, exageradas, "high-brow", geek, e etc etc etc

Venho propor que se crie uma categoria nova, o humor mórbido...
Acho que esta expressão nunca foi usada!

Andava pela net à procura de humor negro, que é dos meus estilos favoritos (como se isso fosse uma grande surpresa) e encontrei uma ou duas que me pareceram um bocadinho... demais.

Tem piada, não é isso, mas acho que ultrapassa os limites do negro.

Acabando o post com exemplos, temos o típico humor negro...
- Porque é que o Super-Homem não salvou a princesa Diana?
- Porque o BMW anda mais depressa que a cadeira de rodas!


E depois temos o humor mórbido:
Aborto: revela a criança que há em ti!

Acho que percebem o que é que eu quero dizer. :)

Estou aberto a mais exemplos!

sábado, 29 de agosto de 2009

Posters de Pescada II

Agora é que dei por isso que só deixei isto cair praqui sem sequer explicar...

Tenho uma colecçãozinha de posters, tipo este, guardados no balde.
Naqueles dias que não há tempo pra vir cá avacalhar, vai ser só postar um poster e pronto! Assim pelo menos evita-se as semanas de espera de novas notícias (que assim como assim acabam a não ser nada que preste) e ao menos vai-se dando umas gargalhadas.

Acho que merece dizer-se que eles são, na sua esmagadora maioria, da worth1000.com

E cá fica outro :)

Click para uma versão maior

Curtas Mensagens X

É fácil perceber porque é que as pessoas em S Mateus andam no meio da rua...
Os carros estão todos no passeio!

Curtas Mensagens IX

An advice on religion:
Don't join dangerous cults, practice safe sects.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

União Insular

Cruz é ter que ler isto todos os diasParece que hoje o Diário Insular foi infectado pelo espírito religioso da União...
Pelo menos só na primeira coluna é um tal enfiar calvários e purgatórios, e acartamentos de cruzes.
Está bem que a esmagadora maioria dos açoreanos são Católicos, mas também não é preciso exagerar! O jornalismo deveria ser imparcial, seja falando de religião, política ou clube de futebol!

Se bem que, falando do Diário Insular, espera-se tudo menos consistência...

Curtas Mensagens VIII

Há espaço para todas as criaturas de Deus.
Mesmo ao lado das batatas fritas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Curtas Mensagens VII

Já repararam que os activistas protestam sempre contra meninas ricas de casacos de pele, mas nunca contra motoqueiros de roupa de cabedal?

domingo, 23 de agosto de 2009

Curtas Mensagens VI

A 3ª Guerra Mundial vai ser uma guerra religiosa, muçulmanos contra cristãos.
Vamo-nos pregar à chapada porque o meu amigo imaginário é melhor que o teu!

Sexualidade pervertida

Isto é mesmo só uma parvoíce que me lembrei...

Não há muito tempo atrás, sexo oral e sodomia eram considerados dos actos sexuais mais perversos imagináveis. Eram puníveis desde ostracização, humilhação pública, penitências católicas ou até mesmo por morte.

Hoje em dia, são as duas actividades sexuais mais praticadas entre adolescentes, preferíveis até ao sexo vaginal. São usados como uma forma de abstinência (não se preocupem se não fizer sentido, porque pra mim também não faz) e até de contraceptivo, visto que nenhuma delas dá para engravidar!

O que ontem era o mais perverso, hoje é preferível...

É assim a evolução da sociedade, vamos rolando colina abaixo, sem destino aparente nem rumo certo... O que ontem era bizarro hoje é comum e vice versa.

Vá-se lá perceber!

Barulho

Tama Starclassic Maple, LU Magnetic Orange Outro dia mudei a minha lista de música do telemóvel. Eu uso o telemóvel como leitor de MP3, acho que a qualidade de som é melhor que muitos que andam por aí, e porque assim só ando com um máquina na algibeira.

Passando à frente, uma das coisas que puz no telele foi Coal Chamber. Tinha os 3 álbuns mas por acaso ainda só tinha ouvido o primeiro. Na altura que o Sway andava na moda, ainda andei a rolar com o CD na mochila e ia ouvindo de vez em quando.

Os outros álbuns, dizendo simpaticamente, não prestam.

Já não se faz barulho como antigamente, já não consigo encontrar uma banda que me faça vibrar por dentro, como acontecia com Sepultura por exemplo, ou os primeiros álbuns de Cradle, ou o primeiro de Slipknot, os primeiros de MudVayne, entre muitos outros.
Quando ouvi Chamber consegui essa vibração, mas foi só mesmo com o primeiro e dá-me a sensação que deve ter sido mais por nostalgia que outra coisa.

Acho isso meio bizarro. Quer dizer, aquilo tem a sua técnica, não é só berrar feito maluco (também é berrar feito maluco, mas só isso não chega). Mas seria de esperar que mais bandas o conseguissem fazer...

Tenho saudades de barulho... mas de barulho do bom!

Astro-ilógico

Virei astrólogo!
Tirei um curso por correspondência e agora estou certificado para fazer leituras, divinações, adivinhações e premonições atrominhológicas... E passo a exemplicar!
Eu já estava a adivinhar que vinhas aqui ler isto, portanto preparei uma análise tua.

Algumas das tuas aspirações tendem a ser bastante irrealistas. às vezes és uma pessoa extrovertida, afável, sociável, e por outras vezes és uma pessoa introvertida, cautelosa e reservada. Já te apercebeste que não é bom ser demasiado franco quando te revelas aos outros.
Orgulhas-te em ser um pensador independente e não aceitas opiniões de outros sem provas satisfatórias. Preferes uma certa quantidade de mudança e variedade e tornas-te descontente quando ficas preso por restrições e limitações. Às vezes tens sérias dúvidas sobre se realmente tomaste a decisão correcta ou se fizeste a acção certa.
Uma pessoa disciplinada e controlada por fora, tens a tendência a ser preocupado e inseguro por dentro.

O teu ajuste sexual trouxe-te alguns problemas pessoais. Embora tenhas algumas fraquezas de personalidade, em geral consegues compensá-las. Tens uma grande capacidade que não estás a usar, que ainda não a transformaste em vantagem para ti. Tens a tendência de ser auto-crítico. Tens uma grande necessidade que as outras pessoas gostem de ti e que te admirem.

Estás a ver como eu acerto? Estou-te a dizer, virei astrólogo!

--

Minha gente, a astrologia, a adivinhação, a bruxaria, os curandeiros, as cartas, as bolas de cristal e todas essas outras merdas do estilo são TANGA!!!
Como se pode ver texto acima, não é difícil acertar.

Queremos todos acreditar com tanta força que há mais que isto, que é possível falar com fantasmas e extraterrestres e não sei mais o quê, que deixamo-nos levar por estas tangas, que nos deixamos ludibriar e enganar.

Enquanto ficamos todos contentes que o espírito da mãe está contente, ou que o cãozinho está-se a portar bem, ou o raio que o parta, essa gente foge-nos com o dinheiro...

Pensando bem, se calhar vou mesmo para astrólogo!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

De Luas

Roubada das internetesAcho que este blog ultimamente tem sido pouco nojento.

Aparentemente anda por aí um novo tipo de arte plástica.

Esta nova forma de pintar está a ganhar já várias seguidoras e por muito que dê a volta ao estômago (ou não, vai da preferência de cada um), tem que se admitir que algumas obras até são bem bonitas...

Ora percam lá uns momentos a admirar a fénix que acompanha este post...



Oras, neste post falo de pintura com sangue menstrual.

Sim, sim... com sangue menstrual.

Olhó gelado fresquinho!Já tinha ouvido em arte com sangue, um inglês chamado Marc Quinn fez um auto-retrato a partir de um molde de gesso que acaba a ser um busto, feito do seu próprio sangue congelado. Apropriadamente, a escultura chama-se "self".

Se não é controverso, é pelo menos aromáticoHá também os muito controversos... Um fotógrafo conhecido como Andres Serrano tem uma foto chamada "Piss Christ".
Para tirar esta ele submergiu um crucifixo num copo de urina, misturada com tinta vermelha.

Uma das mais conhecidas dele para o pessoal da minha geração é a capa do álbum Load dos Metallica. Aquela "Onda" vermelha é uma mistura de sangue e esperma.
O sangue é de boi e o esperma é do fotógrafo. Dá uma visão completamente diferente do álbum, não dá?

E depois também há um fotógrafo, esse não me consigo lembrar do nome, que fez uma exposição inteira de fotografias de ejaculações. O homem é homosexual e então lembrou-se de tirar quarenta e tal fotografias de respingos, dele e do companheiro, num fundo preto.

Mas pronto, mesmo depois de toda esta... variedade... ainda não tinha ouvido falar de pintura com sangue menstrual.

É, no mínimo dos mínimos, curioso.

Suícidio

Tirada in situLembro de há já alguns anos ver um filme do Christopher Lambert, o Druidas... há uma personagem, o Guttuart, que se queixa que os Romanos estão a destruir a natureza com as suas estradas, que a civilização está a enfurecer a mãe terra.
Vê-se exemplos disso todos os dias.

Faz já alguns dias que testemunhei um suicídio animal. Estava do lado de fora do hotel a fumar um cigarro quando ouço um estrondo, uma pancada seca, como uma bola de ténis a bater numa janela sem partir.
O pombo decidiu que já não valia a pena viver e foi direitinho contra a janela, partindo o pescoço. Ainda esperneou durante alguns segundos, mas a missão estava cumprida.

Se calhar foi despedido, ou a pomba pregou-lhe os cornos, ou o banco ficou-lhe com o ninho. Ou se calhar estava bêbado, ou pedrado...

Seja lá qual foi a razão, o pombo disse adeus ao mundo e provou que, de facto, vidro duplo é mais compacto que um crânio de pássaro.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Curtas Mensagens V

Anda pela net a polémica de que o Le Parkour não é originalmente francês.
Claro que é!
O desporto consiste em fugir o mais depressa possível!

sábado, 15 de agosto de 2009

Bolos de Frigideira

As minhas ficaram bem mais feiasHoje fiz panquecas.
Já não fazia panquecas à anos.
Adoro panquecas.
Vamos a ver se não fico anos sem fazer panquecas outra vez.

Neste post fala-se de estrangeirismos.

Dos estrangeirismos mais antigos que conheço, talvez comparável às panas e aos mapas, a panqueca é sem sombra de dúvida o mais saboroso.
Não é que eu alguma vez tenha tentado comer um mapa, mas enfim.

Em inglês "pancakes", sendo que "pan" pode ser um tabuleiro de forno ou um tipo de panela em tudo semelhante à frigideira e que "cake" significa bolo, esta confecção também é conhecida como "hot cakes", dado que os bolos normalmente comem-se frios, enquanto que as panquecas comem-se quentes.

Quando eu era pequeno e quando não havia pão, a minha mãe fazia o que ela chamava de "bolos de frigideira".

Uma massa semelhante à das panquecas mas com água em vez de leite e com um toque de fermento, o resultado final era (visualmente) semelhante às panquecas americanas que se vê na televisão.

Não é difícil de perceber como os franceses transformaram aquela receita bruta num material mais fino para fazer os seus crepes.

Também não é difícil perceber como é que um americano olhou praquilo e disse que era uma bela "crap"... e daí o nome.

Curtas Mensagens IV

Eu gosto de panquecas... quecas... quecas!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Cromos

Eu lembro-me de coisas que às vezes não fazem sentido nenhum, mas não deixam de ter piada.

Lembro-me da primeira colecção de cromos que vi. Já tinha visto autocolantes, mas não tinha a noção de album, de caderneta.

Uma vizinha da minha avó tinha uma neta, alguns anos mais velha que eu. Hoje em dia não faz diferença nenhuma, mas naquela altura um ano parecia uma década.

Estava eu nos degraus de casa da minha avó, numa das minhas birras de não comer a sopa, quando passou uma rapariguinha loirinha, a dita neta da vizinha.

Para me convencer, a minha tia disse-me que se eu comesse a sopa a rapariga tinha uma coisa pra me mostrar.

Lá eu comi a sopa, curioso (a curiosidade sempre foi, e continua a ser, o meu maior problema).

Foi a primeira caderneta que vi. Não me lembro o assunto, não faço a mínima ideia... lembro que o fundo das páginas era verde e lembro que os cromos não eram autocolantes. Era preciso cola... lembro-me que ela tinha uma daquelas bisnagas com um esponjinha na ponta.

Por pormenores que fui recolhendo ao longo dos tempos, a dita rapariguinha é a irmã do Luis, do DePadua.
Não é que faça diferença nenhuma, mas é um pormenor interessante que ao fim de uns largos anos eu tenha conhecido alguém que estava ligada às minhas memórias de infância.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Curtas Mensagens III

- This is going to get rough.
- Describe rough.
-"Oh my god, oh my god, we´re all gonna die!"

sábado, 8 de agosto de 2009

Curtas Mensagens II

Eu tenho amnésia e Deja Vu.
Dá-me a sensação que já me esqueci disto antes.

Curtas Mensagens

Ainda bem que Newton se sentou debaixo de uma macieira porque se fosse um coqueiro o coco tinha-lhe rachado a cabeça e já não havia lei da gravidade.

Dona Teresa

Era desta planta que vinham os espinhosLembro-me perfeitamente do dia em que percebi que os ditados populares, ou se calhar as frase feitas, dependendo do ponto de vista, eram somente coisas que se diziam.

Sempre tive a idéia que aqueles coisas que eu ouvia os mais velhos dizer, por exemplo "Em Abril, Águas Mil", eram regras fixas, inabaláveis. Eu pensava que eram previsões, premonições que iriam certamente acontecer. Que quando se via o Pico descoberto ia chover três dias depois. Não é que eu me lembrasse de verificar, era regra e pronto!

Até que chegou ao dia em que eu percebi que elas não eram mais que uma... opinião.

Quando eu era pequeno tinha duas amas. Duas irmãs qe viviam ali perto que tomavam conta de mim quando eu saia da escola antes da minha mãe voltar do trabalho.
Eram duas velhotas, a Dona Francelina e a Dona Teresa. Lembro-me das duas sentadas à janela a bordar. Tinham daqueles cactos no jardim e usavam as pontas afiadas para alargar os buracos do pano, para marcar os bordados. Eu ficava horas a olhar pra elas... não porque gostasse, mas porque não havia mais nada pra fazer.

A Dona Francelina ainda anda por lá. Vejo-a às vezes, ao Domingo de manhã a ir para a missa. Está curvada, da idade, mas ainda resiste.

A Dona Teresa morreu, já à uns anos valentes.

Foi no enterro dela que vi o João Henrique, o sobrinho, filho da Francelina, lavado em lágrimas. O homem quase que se derretia. Foi estranho para mim, nunca tinha visto um homem chorar.

Até aquela altura não tenho memória de ter ido a um enterro, de ter vivido aquele ritual. Sei que fui ao da minha bisavó, mas não me lembro desse.

Aprendi algumas coisas.

Aprendi que se atira terra pra cima do caixão, em sinal de respeito e de saudade. Aprendi que as pessoas não duram para sempre.

Aprendi que um homem também chora.

Alcunhas

Até cheira a nobreza à distânciaE para começar com as memórias, vamos começar à boa maneira portuguesa... com merda.

Na minha zona (presumo que seja assim em todas, mas só posso falar da minha) todos os putos tinham apelidos. Lembro-me de muito poucos, os anos passam e o que não interessa varre-se da memória, mas há dois ou três que ficam.

Havia os apelidos por traços físicos, como era o caso do Cenoura... como seria de esperar, o rapaz era ruivo. Morava umas portas abaixo de mim e lembro-me que quando era pequeno, queria ser ninja. Andava lá a fazer estrelas com folha de alumínio e outras coisas assim.

Havia apelidos por passatempos, como era o caso do meu.
Lembro-me do meu, tartaruga, porque naquela altura de escola primária fosse eu para onde fosse levava um boneco ou dois atrás de mim. Quase sempre Tartarugas Ninja. Podiam não saber o meu nome, mas sabiam que eu era o rapaz das tartarugas.

Havia também os apelidos de feitio...
Lembro-me de um puto escanzelado de São Mateus, não era bem da minha zona mas via-o todos os dias no autocarro para o ciclo, que era o taopaipai... por causa da personagem do DragonBall. Pelo que me diziam, o rapaz era todo frenético e dava porrada em toda a gente.


E depois havia aqueles mesmo obscuros, que só mesmo explicando.
Havia um miúdo, de nome Rodrigo, que era um dos poucos mais gordos que eu (não é pra insultar, é que era mesmo um traço definitório).
Nunca mais o vi, acho que ele é bombeiro ou coisa assim, pelo menos lembro-me de o ver com o fato-macaco azul característico dos voluntários.
Não é que faça diferença, é uma curiosidade.

A ele calhou-lhe o interessante apelido de Caga-Latas...

Parece que o rapaz tinha um amor por salsichas, o que lhe mexia com os intestinos. Considerando que as salsichas vem em latas, 1+1=2 e daí surgiu o nome pelo qual seria conhecido o infeliz, pelo menos nos seus primeiros dez anos de vida.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Memórias da Minha Infância

Sei que vocês estão-se a cagar para as minhas histórias de puto, mas eu estou-me a cagar pro que vocês estão-se a cagar :p
Vou criar um Tag novo, Memórias da Minha Infância, para as parvoíces que me for lembrando... já tenho algumas no moleskine para aqui deixar, quando tiver tempo cá venho.

Sei que não tenho idade para dizer "no meu tempo não era assim"... mas porra! no meu tempo não era assim!

domingo, 2 de agosto de 2009

Cerejas com Sal Grosso

Sim, eu sei, não é a Cláudia VieiraEu vi as mamas da Cláudia Vieira.

Não é que eu não goste de mamas, muito pelo contrário, mas isso agora não interessa nada.

Recentemente tive a hipótese de conversar com algumas actrizes. Nada de muito profundo, a típica conversa de recepcionista-cliente, mas do muito pouco que se disse (junto com outras semelhantes no passado) foi o suficiente para gravar uma idéia bem fixa na minha cabeça.

As actrizes da nova geração são burras.

Umas bimbas sem nada na cabeça, que só tem corpo e mesmo assim não são todas.

Os americanos têm uma expressão que acho que se aplica perfeitamente a estas actrizes, que antes eram a excepção e agora aparentemente são a regra...
Cash Cow.

Estas vacas de dinheiro não fazem nada senão vender-se...
É verdade que vendem a imagem, em vez de venderem o corpo, mas a linha de divisão está cada vez mais ténue. Lembro-me do "Before the Devil knows you're dead" que começa com uma cena de sexo, mas que de resto é um filme perfeitamente normal. Não é necessário, nem adiciona nada à história, é simplesmente uma cena de sexo. Ou do Brokeback Mountain, a cena que se vê as mamas da Anne Hathaway. Não adiciona nada à história, não serve de prova de nada, não é minimamente necessário ao desenvolvimento do filme... é só um par de mamas.

Não faz sentido. O cinema está cada vez mais vulgar, é menos entretenimento e mais choque. Aliás, esse é também o problema das notícias, dos jornais, das revistas, de tudo o que é media...

Temos o caso de Miley Cyrus. Mais conhecida pelo seu papel de Hannah Montanna, esta actriz é o "nada" em pessoa. Só serve para vender discos, mochilas, roupas e outras merdices dessas. Perde-se uma pessoa e ganha-se uma fotografia para colar no caderno e vender mais e mais e mais.

Daqui a cinco anos, se calhar mais se calhar menos, esta criatura desaparece e nunca mais ninguém ouve falar dela. Não deixa marca, não contribui em nada para a sociedade, para o desenvolvimento da raça humana.

E depois da ribalta? Vai seguir pelo mesmo caminho das outras e acabar a fazer filmes quase pornográficos?

Quando se chega ao ponto do Justin Timberlake arrancar parte da camisa da Janet Jackson só para aumentar as audiências, temos que perceber que alguma coisa está profundamente mal.

Os romanos diziam que o povo queria pão e circo, mas agora parece que o povo quer sangue e mamas...

E dito isto cá fica a apresentação do último filme de Nicolau Breyner, uma espécie de Hitman à portuguesa.
Depois já não podem dizer que nunca viram as mamas da Cláudia Vieira.