DDoS

Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

sábado, 8 de agosto de 2009

Alcunhas

Até cheira a nobreza à distânciaE para começar com as memórias, vamos começar à boa maneira portuguesa... com merda.

Na minha zona (presumo que seja assim em todas, mas só posso falar da minha) todos os putos tinham apelidos. Lembro-me de muito poucos, os anos passam e o que não interessa varre-se da memória, mas há dois ou três que ficam.

Havia os apelidos por traços físicos, como era o caso do Cenoura... como seria de esperar, o rapaz era ruivo. Morava umas portas abaixo de mim e lembro-me que quando era pequeno, queria ser ninja. Andava lá a fazer estrelas com folha de alumínio e outras coisas assim.

Havia apelidos por passatempos, como era o caso do meu.
Lembro-me do meu, tartaruga, porque naquela altura de escola primária fosse eu para onde fosse levava um boneco ou dois atrás de mim. Quase sempre Tartarugas Ninja. Podiam não saber o meu nome, mas sabiam que eu era o rapaz das tartarugas.

Havia também os apelidos de feitio...
Lembro-me de um puto escanzelado de São Mateus, não era bem da minha zona mas via-o todos os dias no autocarro para o ciclo, que era o taopaipai... por causa da personagem do DragonBall. Pelo que me diziam, o rapaz era todo frenético e dava porrada em toda a gente.


E depois havia aqueles mesmo obscuros, que só mesmo explicando.
Havia um miúdo, de nome Rodrigo, que era um dos poucos mais gordos que eu (não é pra insultar, é que era mesmo um traço definitório).
Nunca mais o vi, acho que ele é bombeiro ou coisa assim, pelo menos lembro-me de o ver com o fato-macaco azul característico dos voluntários.
Não é que faça diferença, é uma curiosidade.

A ele calhou-lhe o interessante apelido de Caga-Latas...

Parece que o rapaz tinha um amor por salsichas, o que lhe mexia com os intestinos. Considerando que as salsichas vem em latas, 1+1=2 e daí surgiu o nome pelo qual seria conhecido o infeliz, pelo menos nos seus primeiros dez anos de vida.

Sem comentários:

Enviar um comentário