
No fim do século na-sei-das-quantas tentou-se instaurar em Portugal uma monarquia constitucional, à semelhança da Inglaterra e outros que tais, aquando da subida de D. Manuel -parte dois- ao trono...
Para quem não conhece o estado político da altura, deixem-me dizer que já de raiz se via que não ia funcionar. Meses antes tinha-se levado meia família a tiro, e só não foi o Manel atrás porque Dona Amélia (a das queijadas) afastou os assassinos com um ramo de flores.
Estou mesmo a imaginar a mulherzinha de bouquet na mão à florada nos cornos de quem lhe passasse à frente!
Moral da história, qual constituição qual merda nenhuma, o Manel devia era ter visto que ninguém gostava dele e enfiado-se em casa.
Mas vejamos, nos quase dois anos que durou o reinado do puto...
O lema do Manel era "um rei reina mas não governa", que é a mesma posição adoptada por Juan Carlos, o tal de Espanha, 60 anos depois, e convenha-se que pela maioria está a dar resultado.
Fez cumprir (ou pelo menos tentou) a Carta Constitucional, que para quem vê televisão a mais é onde estão escritas as tais "Emendas" que toda a gente berra no tribunal.
Mais importante, julgo eu, é a "Questão Social"...
Vendo que a coisa não estava a correr bem para o povo tuga, o Manel fez os possíveis e os impossíveis para reorganizar por inteiro o governo e estrutura administrativa...
Em português directo? O Rei queria acabar com os tachos e pôr lá gente de jeito para o progresso do país!
E o que foi que o lixou?
Manuel II aliou-se ao Partido Socialista! Liderado na altura por um Azedo Gneco (que com um nome destes tava-se mesmo a ver que ia... azedar) e mais tarde por um tal Alfredo Aquiles (porque aparentemente "Azedo" era subtil de mais) a união monarcosocialista não conseguiu implementar porra nenhuma antes do golpe de 5 de Outubro.
Oras, se nem o rei todo-poderoso conseguiu acabar com os tachos em Portugal, como é que nós 100 anos depois havemos de ter esperança de o conseguir?
Pelo menos nasce daí um novo slogan!
Partido Socialista! A foder o país desde 1910!
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