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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

domingo, 28 de novembro de 2010

Serendipity

Muito, MUITO recentemente impedi uma agressão.
Não sei se impedi uma violação ou uma briga violenta ou lá o que é que foi, o que é certo é que ia dar merda e eu fui-me meter no meio.
Acabei a não ter que fazer nada, a minha presença foi dissuasão suficiente, mas mesmo assim já cumpriu o seu propósito.

E isto tudo por mero acaso.

Só por acaso eu estava na rua a fumar um cigarro naquele momento. Só por acaso apanhou o momento em que a Twins estava a mudar de música, o vento estava certo, não estava a chover, os candeeiros da rua estavam a funcionar e não havia mais ninguém por perto.

Por muitos acasos as coisas juntaram-se de maneira a que eu a ouvisse gritar e conseguisse correr a dar auxílio.

E se?

E se eu não estivesse naquele momento a fumar um cigarro? Só mais uns segundos e eu já tinha acabado, já tinha voltado ao meu local de trabalho, não tinha dado por nada.
E se ele se estivesse a sentir corajoso e só o aparecer não fosse suficiente?
E se ele estivesse armado?

E se, e se, e se? As variações são inúmeras e nem vale a pena pensar nisso... o resultado ia acabar a ser o mesmo, ia dar merda e alguém acabava mal.

E tudo por acaso.

sábado, 27 de novembro de 2010

Filmes de Sábado à noite - Death at a Funeral

®Screen GemsEstá é para não pensarem que é só falar bem.

Para quem acha que tudo o que é filme com o Martin Lawrence tem piada, que o Chris Rock é o novo rei da comédia, apresento-vos Morte num Funeral.

Este é um remake tão mau, mas tão mau, que o Texas Chainsaw Massacre até parece bom.

Isto foi pegar no filme original (que só por acaso é britânico), tirar as cenas melhores e exagerar ao extremo as piores.

É daqueles de chegar ao fim e chorar porque a última hora e meia perdeu-se para sempre e nunca mais volta.

É muito triste quando o melhor que se pode dizer deste remake é "as cenas que estão iguais ao original até não são más".

Péssimo, perda de tempo, desperdício de dinheiro.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Boing!

Será que alguém me explica o que é um Bing?

É que eu procurei no Google e o que me aparece é isto, e isto a mim parece-me mais Boing que bing... não é por nada.

Guerras informáticas são mais que comuns.

Temos PS3 contra XBox 360, PC contra Mac, Intel contra AMD, PES contra FIFA e mais um sem fim delas a todos os níveis de produto.

E depois temos Google contra Yahoo.

Note-se que não se chama Google contra Yahoo contra Bing, nem pouco mais ou menos!

Eu bem que tentei fazer um apanhado, experimentar umas procuras, pra ver se havia alguma coisa de jeito a dizer do Bing.

Não há.

Microsft, se é para atirar dinheiro à rua, avisem-me que eu vou lá buscá-lo!

E depois tem o nome...

Google, embora esteja errado porque a palavra correcta é googol, dá uma ideia de infinidade de informação.
Yahoo nunca percebi muito bem o que é que quer dizer, mas ou é um grito de alegria ou é um insulto, dependendo de qual versão escolhemos, ou vamos pela versão limpinha dada pelos criadores mais tarde de "Yet Another Hierarchical Officious Oracle" que numa tradução não literal deve querer dizer "É mais um daqueles motores de busca"...

Hey, não é propriamente inteligente mas pelo menos é alguma coisa.

Mas o que raio é um bing?

Se me perguntarem, cá pra mim bing faz-me lembrar aquele som do windows quando a coisa corre mal!

sábado, 20 de novembro de 2010

Filmes de Sábado à noite - Alice in Wonderland

®DisneyDos 19 filmes que o Johnny Depp fez na última década só não vi 2 ou 3 e para apostar que também vou adorar esses.

E só por aí já valia a pena ver este.

Mas tem muito mais... desde Anne Hathaway passando por Helena Bonham Carter até aos excelentes Stephen Fry e Alan Rickman entre muitos muitos mais praticamente todos os actores dão desempenhos memoráveis e só contribuem para a história. Não há martelamentos só para por esta ou aquela cara no filme (ver Bill Murray no Zombieland), não há personagens inventadas só para caber este ou aquele actor.

Adorei a ideia de uma desconhecida no papel pricipal. Mia Wasikowska não é uma cara famosa no grande ecrã, só tinha entrado em dois filmes e duas ou três séries (Bruce Willis, por exemplo, entrou em 6 filmes e mais de 50 episódios antes de atingir a fama com o Die Hard), mas no entanto tem uma prestação louvável... normalmente nestas grandes produções vê-se que o elenco famoso "arrasta" os novatos, exemplo perfeito é o Legolas no Senhor dos Anéis, o que neste caso não acontece.

O filme não tenta ser realista, o que neste caso só ajuda.

Não comete o erro do Tróia, de dar realismo a uma história fantástica, não entra no já gasto rodeio de humanizar a má da fita.

É fantasia, no seu melhor, com o já bem conhecido toque negro de Tim Burton.

É fantasia para adultos, mantendo o melhor da fantasia para crianças. Princesas, dragões, cavaleiros, animais falantes, tem de tudo.

Não sei se é um filme a não perder, mas é sem sombra de dúvida um filme a ver com atenção.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hipercrisia - anexo



Em anexo ao último post, quando a piada deste anúncio já não fizer sentido demos mais um passo no caminho da tolerância.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Hipercrisia

Ah pois é...
Fala-se muito praí de igualdade entre os sexos, de que somos pessoas tolerantes, de que cada um faz o que quiser e não temos nada a ver com isso, de que somos todos livres...

Posto isto, eu venho falar de hipocrisia.

Nós não somos tolerantes. De facto, nós somos tudo menos tolerantes.

Algures em 2007, uma criaturazinha escreveu para um jornal americano, o Peninsula Clarion, em que entre outras barbaridades dizia que "nós temos liberdade de religião, não liberdade de nenhuma religião" ou seja, podes escolher, mas és obrigado a ter uma!

O original dizia "The United States is based on having freedom of religion, speech, etc., which means you can believe in God any way you want (Baptist, Catholic, Methodist, etc.), but you must believe."

E é alarmante a enorme quantidade de gente que concorda com esta besta!

Mas não nos ficamos só pela religião, nem pouco mais ou menos!

Ponha-se em questão a fotografia em anexo... marido chega a casa e encontra a mulher na cama... tudo aponta para um amante. Dentro do guarda-fato está... uma gaja!

Isto não passa pela cabeça de ninguém! Qualquer pessoa confrontada com a traição do cônjuge pensa automaticamente em pessoa do sexo oposto.

Nunca ia passar pela cabeça daquele homem que estava a ser trocado por outra mulher... e porquê? É assim tão difícil de acreditar?

Chico Anysio, humorista brasileiro, diz e com razão "As mulheres estão descobrindo que mulher é bom - coisa que os homens já sabem há séculos."

E para apostar que aquele homem acredita que é o mais sortudo do planeta...

E lá vem outra... homem com muitas mulheres é bem-sucedido, mulher com muitos homens é puta. Isto já há muito tempo que se ouve, numa variação ou outra.

E mulher com muitas mulheres? É o quê?

Mau exemplo para dar aqui, mas o cantor Mika diz "I've never ever labeled myself. But having said that; I've never limited my life, I've never limited who I sleep with..."

E pergunto eu, dum ponto de vista completamente analítico, qual é o problema com esta mentalidade? Porque é que isto é considerado errado?

Mas é... se alguém diz uma coisa destas nós consideramos devasso, perverso... freak.

Não, nós não somos tolerantes, não somos aceitadores de diferença.

Para rematar deixo-vos com uma simples pergunta.
Só quando nós conseguir-mos ouvir perguntas destas sem ficarmos chocados e conseguirmos responder sinceramente sem medo de represálias, sem vergonha das nossas palavras, só aí seremos verdadeiramente tolerantes...

A tua primeira vez, foi com um homem ou uma mulher?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Séries de Segunda - Bones

®FoxBones já vai no seu sexto ano... É bones a mais.

Esta série sofre do mesmo problema de muitas que se esticam por mais tempo do que deviam, como é o caso dos correntes Supernatural e Weeds ou dos já terminados X-Files e Highlander...

O complicar só para ter mais episódios para encher chouriços.

Tinha uma boa premissa, uma especialista forense intelectual mas socialmente inepta, um agente do FBI com bom instinto mas que não é particularmente genial.
É o clássico "book smarts" vs. "street smarts" e se for bem explorado tem pernas para andar.

Junta-se a isto o facto de que é um casal e está-se mesmo a ver que eles vão acabar juntos.
Mais uns pormenores para misturar, vai-se mudando de chefes, vai-se explorando o passado das variadas personagens, arranja-se uns crimes manhosos pra resolver e a coisa até resulta... durante algum tempo.

Para quem não segue, cá vai um recap da temporada que está a estrear este ano.

O gajo arranjou uma namorada, a gaja continua enfiada no trabalho.

E levou-se 5 anos inteiros pra isto.

Já não há evolução, já não há inovação... Há uns episódios atrás, no fim da quarta temporada, houve uma doença, uma hospitalização e uma ideia de que se calhar era desta que eles iam acabar juntos... Ele acordava, ela estava à espera dele, eles juntam-se ou casam-se ou seja o que for, dá mais dois ou três episódios e pronto. Final feliz, casalinho perfeito e siga pa bingo.

Mas não. Enrola-se e enrola-se e embrulha-se e embrulha-se e já não há mais nada a dizer.

A teta já secou mas eles continuam a chupar pra ver se sai.

Acabem com essa porcaria e acabem em grande enquanto ainda há fãs suficientes... senão vai dar em cancelamento sem fim de jeito que é o infeliz destino de praticamente todas as séries dos últimos tempos.

domingo, 14 de novembro de 2010

Não percebo de cinema

Eu não percebo de cinema.
Não posso dizer que sou um Roger Ebert, não sei reconhecer um realizador sem ir ao IMDB, não consigo ver que tipo de lente é que o cameraman está a usar.

Mas, roubando uma frase de Mr. Burns, posso não saber muito de arte mas sei o que detesto.

E como toda a gente com língua, tenho uma opinião.

Considerando que a coisa que me tira mais tempo perto de vocês meu público é o grande ecrã, pensei em juntar o útil ao agradável, ou neste caso o escrevível ao visível, e falar bem ou na maioria das vezes mal, do que vê por aí nos ecrãs deste mundo moderno.

Aqui ficam duas novas rubricas dedicadas ao cinema e televisão e aos seus muitos, muitos defeitos.

sábado, 13 de novembro de 2010

Filmes de Sábado à noite - Nightmare on Elm Street

© New LineVi recentemente o remake do famosíssimo "Freddy Krueger" e tenho que admitir que fiquei bem contente.

Quem viu o novo Texas Chainsaw Massacre vai perceber perfeitamente porquê.

Não há cá tretas de bonzinho, não há o "coitadinho do mau da fita", não há tentativas esfarrapadas de explicar porque é que ele é como é.

É mau e é mau e mais nada.

Até certo ponto é refrescante. O mundo do cinema anda a levar esta tanga do anti-herói longe demais e nas direcções erradas.

O Venom no Spiderman tinha tudo para ser um anti espectacular... é um totó.
O Leatherface no TCM referido acima passou a ser um coitadinho, a culpa não é dele.

Mas porque raio é que nós temos que ter pena do mau da fita?
Porque é que há esta tentativa desesperada de justificar o facto de que nós gostamos deles? Eles são maus e pronto!

E porque é que os heróis não podem matar?

Na banda desenhada o que marca a diferença entre o herói e o anti é isto... o Punisher mata ao quilo, o Batman não mata ninguém...

Lembro-me sempre da minha saída preferida do Venom.
Em briga com o Homem Aranha ele farta-se da brincadeira e diz com toda a seriedade "Nós vamos comer os teus pulmões!". Qual nice guy qual carapuça!

O novo Pesadelo consegue.

Não é só um slasher, não é só um filme pipoca. É um mau da fita mesmo mau, é um verdadeiro demónio que não tinha razão nenhuma de existir.

Mas existe, e aterroriza... e mata.

Aconselho, no meio de tanta palhaçada que se diz "terror" este é sem sombra de dúvida uma jóia a não perder.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fisioterapia

O sí cariño!Aparentemente hoje é o dia nacional da fisioterapia.

Logo a seguir ao dia das parteiras em 4 de Maio, ao dia mundial das tartarugas a 23 de Maio, o dia de falar como piratas a 19 de Setembro e o importantíssimo dia internacional das sanitas a 19 de Novembro, este é o dia mais importante que existe...

Nunca nos podemos esquecer do importantíssimo papel da fisioterapia na recuperação de doenças, na reabilitação de internamentos e, não menos importante, na desculpa para encher as algibeiras de médicos e brasileiras.

Fisioterapia é daquelas coisas que toda a gente fala mas ninguém tem bem a certeza o que é.
Para a maioria das pessoas fisioterapia é chegar ao consultório e levar umas massagens na zona afectada e dá cá 50 euros e até prá semana.

Para outras é ir para o alto das covas fazer ginásio de máquinas e levantar pesos, o que não é muito diferente das outras coisas que se fazem no alto das covas.


No Brasil há a diferenciação entre fisioterapeutas e fisiotratas, sendo que uns são médicos especializados e os outros são como que comparar contínuos a professores só porque trabalham numa escola.

Aqui? Aqui é tudo a mesma merda e qualquer massagista é chamado de fisioterapeuta.

Está mal. Deprecia-se uma profissão e gera-se a enorme descrença no povo...

Fisioterapeutas? São todos uns mamões e não fazem a mínima ideia do que estão a fazer, só querem é dinheiro.

Querem uma boa coisa pra fazer neste dia? Toca de passar uma lei a obrigar fisioterapeutas a ter cursos e acabar com a mama dos que não percebem nada daquilo!