
Já todos vimos, mesmo que não nos tenhamos apercebido, pelo menos um filme do Uwe Boll. Conhecido pelas suas péssimas adaptações de videojogos, a sua (in)fama é tão grande que uma das categorias da gala de prémios da X-Play é "jogo mais merecedor de uma adaptação cinematográfica por Uwe Boll". Os seus filmes ocupam frequentemente nas listas de piores 100 de todos os tempos (se não me falha a memória há cinco filmes dele no Bottom 100 do IMDB.com) e é um nome que mete medo a todas as companhias de jogos da actualidade.
A Blizzard Entertainment respondeu à tentativa de compra dos direitos do World of Warcraft com "We will not sell the movie rights, not to you…especially not to you."
Agora digam-me lá que isto não é uma resposta de ouro... ainda por cima vindo das pessoas que patrocinaram e participaram num episódio de South Park.
Mas acho que algumas/a maioria/todas as pessoas não percebem o que realmente é o cinema segundo Uwe Boll.
Os filmes de Boll são tal e qual os jogos que retratam. Divertidos, exagerados, por vezes violentos, e tão sem sentido quanto o material original.
Quando se pega num jogo como "House of the Dead" que é em tudo e nada mais que matar zombies em sequência, sem sequer conseguir mexer o boneco, só mesmo apontar a arma pro ecrã, do que é que se está à espera?
Quando se pega num jogo como o original "Alone in the Dark" que é em tudo e nada mais que matar zombies em sequência, (já ouviram falar em dejá vu?) o que mais é que se pode esperar?
E quando se pega num jogo como "BloodRayne", que é em tudo e nada mais que matar zombies em sequência, se bem que estes estão a tentar ressuscitar o Hitler, o que raio é que queriam que fosse o filme?
Uwe Boll acerta em tudo o que faz estes jogos grandes, mas que as pessoas tem vergonha de admitir.
Sangue, tripas, mamas e ainda mais sangue, com mortes bastantes para fazer todos os cangalheiros do país esfregarem as mãos de felicidade, um excesso de clichés, e um humor muito, mas muito negro, dão um ar divertidíssimo a todos os mencionados acima.
E não é só no grande ecrã que Boll é um exagerado.
Boll desafiou os cinco maiores críticos dos seus filmes para um combate de boxe. Aquando do lançamento de Postal, um jogo em que a personagem principal basicamente se passa, Boll foi para a TV chamar nomes a Michael Bay, Eli Roth e George Clooney...
Na minha humilde opinião, foi uma campanha super-apropriada.
Roth respondeu que os comentários de Boll foram o ponto mais alto da sua carreira, ao que Boll replicou que Roth é um dos poucos que tem sentido de humor.
Não percebo como é que não se percebe que o homem anda numa enorme campanha de gozo.
Para finalizar deixo mais uma prova de que o homem é só avacalhar.
Boll lançou uma petição online. Se chegasse a um milhão de assinaturas, ele iria reformar-se, desistir do cinema.
Isto já foi em Abril de 2008 e à data ela conta com 363888 assinaturas totais...
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