DDoS

Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

sábado, 12 de janeiro de 2013

Carnaval


Já muito se fala de carnaval... Tiradas do di de hoje:

"Se calhar, já não se pode é gastar 400 euros para vestir um dançarino" 
400 euros?!? Porra! Mas essa roupa é feita de quê? Pérolas?
Não se pode e ainda bem! Quando o bailinho deixa de ser sobre a crítica social e passa a ser sobre a "boniteza" da roupa, está aí o primeiro sinal de que a coisa não está a correr bem.

"Entre 10 a 12 bailinhos devem recusar ser filmados para transmissões em direto pela Internet"
Este é um daqueles casos bicudos e ao mesmo tempo absurdos que bastava pensar um bocadinho pra terem ficado calados... é que em vez de mostrarem que têm razão, mostram é dor de cotovelo.
Aparentemente a principal queixa é de que "as empresas que realizam as filmagens e as sociedades lucram financeiramente (...) e persiste a injustiça dos artistas não retirarem quaisquer mais valias."
A sério? E também se vão queixar dos cafés das sociedades venderem bifanas e pipocas? É que desses lucros eles também não veem nada... E as mesas montadas pros bailinhos, com comida e bebida à farta? São financiados por quem? 
Outra das queixas é que "As pessoas ficam em casa, a assistir aos bailinhos pela Internet e as salas (...) cada vez mais vazias"... 
Será que já pensaram em reduzir a quantidade e aumentar a qualidade?
Talvez se eu soubesse que ia ver só 20 ou 30, mas bons, valia a pena sair de casa e ir secar pro salão a noite inteira. Da última vez que fui, fiquei duas horas à espera de um bailinho que demorava a chegar, e quando chegou não valia um peido... mas não, as transmissões pla internet é que roubam o público.
Quando o bailinho deixa de ser sobre a crítica social e passa a ser sobre quem é que lucra, está aí o segundo sinal de que a coisa não está a correr bem.

E pra mais "Se um político quiser ter noção com clareza do que o povo pensa (...) deve assistir ao nosso Carnaval"
Títulos de bailinhos em 2009, que acho que foi dos últimos anos que me dei ao trabalho de sair de casa, "“Morreu o Toiro das Mulheres”, “Quando Elas Vestem Calças”, “O Comando é Meo” e “Uma Visita Papal”... Pode-se dizer que fiquei completamente esclarecido sobre o estado da governação do país.
Quando o bailinho deixa de ser sobre a crítica social e passa a ser sobre a primeira merda que vem à cabeça, tenha qualidade ou não, está aí o terceiro sinal de que a coisa não está a correr bem.

Acho que a única coisa que se diz acertada é mesmo o remate final... "Será um Carnaval sem luxos, mas fiel à tradição da crítica social. Genuíno."

Quem diria que é preciso viver em instabilidade social para poder fazer boa crítica social...
Talvez seja o primeiro sinal que a coisa vai começar a correr bem.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Por Conta Própria

Aparentemente a NBC vai criar uma nova comédia com o Michael J Fox, sobre um tele-jornalista com Parkinson.

Achei piada à ideia, parece que isto agora anda na moda... 
O Charlie Sheen tem o Anger Management, em que a personagem é basicamente o Charlie Sheen com uma carreira diferente, o Matt LeBlanc tem o Episodes, em que a personagem é uma versão exagerada do Matt LeBlanc, o David Duchovny tem o Californication, em que a personagem é basicamente ele versão escritor em vez de actor. Até a Tina Fey já admitiu que o 30 Rock é baseado na vida dela enquanto escritora no Saturday Night Live.

O que mais me faz rir é que eu estou habituado a ouvir estrelas queixarem-se que as audiências não sabem ver a diferença entre vida real e personagem... E depois vão representar personagens baseadas na vida real?

Não é dizer que isto é mau, porque não é. Todas as séries que mencionei são séries que gosto, independentemente de muita ou pouca qualidade. Tenho boas expectativas para a série, até porque gosto do actor.

Nem sei onde é que ia chegar com isto, mas acho que encaixa na ideia que falei com a Anne Hathaway... 

Ficam famosos por fazerem de X e depois não querem ser tratados como X.


domingo, 6 de janeiro de 2013

Internacionalizacionalizaçações

Esta fez-me alguma confusão...
Aparentemente o banco mais antigo da Suíça vai fechar, após ser multado pelos Estados Unidos e ter que pagar 44 milhões de euros às autoridades americanas. Aparentemente o banco estava a ajudar cidadãos americanos residentes no estrangeiro a fugir ao fisco.

Isto preocupa-me.

Agora vão os americanos pros países das outras pessoas mandar postas de pescada e passar multas?
Então... vão as autoridades americanas agir como soberanos em territórios estrangeiros?

Será que eu vou estar em casa sentado no sofá e a CIA bate-me à porta pra cobrar uma multa qualquer?

Isto não me faz muito sentido e não devia ser só a mim!

É verdade que os cidadãos americanos agiram mal, mas como é que isso é problema do banco? O banco não fez nada de ilegal, pelo menos à luz da lei suíça.

Se fosse o governo suíço a multar o banco suíço, ou o governo americano a multar os cidadãos americanos, mas... Não é um conflito de soberania? Não acham que o "rei americano" está a querer mandar nos súbditos do "rei suíço"?

É um bocado como se viesse uma desconhecida qualquer a minha casa castigar os meus filhos, ou qualquer coisa desse género...

Não me cai bem, principalmente porque o governo americano não passa de um fantoche das companhias americanas e não me agrada nada a ideia de que a McDonald's ou a Sony tenham algum poder soberano sobre mim.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Hipocrisia

Há relativamente pouco tempo soube-se que a Anne Hathaway foi apanhada de pachacha ao léu num dos já típicos casos de paparazzi atrás das estrelas.

Achei piada às reações dela, por um lado numa de "shit happens" e por outro numa de "é triste viver num mundo onde as pessoas se aproveitam" e coisa e tal.

Concordo que as estrelas tenham o seu direito à privacidade, viver na ribalta é complicado, usar "máscara" todos os dias, todo o dia deve pesar ao fim de um tempo, mas...

A estreia do seu último filme não pode ser considerada uma situação privada, muito pelo contrário, é um evento pra dar nas vistas. Se a miúda sai de casa sem cuecas e com um vestido de racha até à cintura... não parece demasiada coincidência?

Mais recentemente ela deu uma entrevista em que queixa-se que não é vista como sexy pelo público, que está farta da sua imagem de "boazinha".

Sou só eu que vejo uma ligação aqui?

Quer dizer, eu vi o Brokeback Mountain... mesmo de mamas de fora, ela não parece lá muito... pecaminosa.

Pondo a coisa desta maneira, eu vi o Princess Diaries, vi o Ella Enchanted, e raios partam que até vi o Bride Wars. Nenhum desses berra "gaja boa". Nem o Devil wears Prada. E até certo ponto nem o Get Smart. Todos eles tem uma inocência (à falta de palavra melhor) que capitalizam na imagem de boazinha, perfeitinha, novinha e engraçadinha.

Em grande parte por causa disso e porque não estávamos habituados a vê-la em papéis diferentes, a cena do Brokeback Mountain não caiu bem, parece demasiado forçada, quase como "tem que haver mamas".

E eis que chega Christopher Nolan...
O novo Batman, embora seja um papel a meu ver espetacular, a Catwoman como sex symbol está horrível, comparada à Michelle Pfeiffer. Enquanto que a outra fazia um papel em que, roubando uma expressão americana, "pingava sexo" duma maneira completamente psicótica, esta é primeiro que tudo ladra e só depois "love interest". Encaixa perfeitamente com a visão mais dark and gritty de Nolan, num aspeto mais realista do mundo de Gotham, mas não faz favores nenhuns à rapariga.

Ainda não vi o Love and other Drugs, mas também não tenho muita esperança.

Resumindo, acho que a menina que fica famosa por ser princesinha e inocente não se pode queixar de ser vista como tal.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fama

Hoje ia escrever sobre a Anne Hathaway, mas não deu tempo...
Fica para amanhã.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O ano morreu, viva o ano!

E lá se vai mais um ano.
Chega ao fim 2012, começa 2013, tudo muda e tudo fica igual.

Este ano foi, no geral, uma desilusão. Não foi pequena, nem muito grande, portanto até como desilusão ele desilude.

O mundo não acabou, o Apocalipse não chegou,  a sociedade não colapsou, os bancos não ruíram (pelo menos não todos), o país não abriu falência, não ganhei o euromilhões, não se descobriu a cura pro cancro nem pra sida, não se acabou com a fome em África, nem com a pobreza na Índia, nem a guerra no Médio Oriente, Israel não fez paz com a Palestina, o Irão não bombardeou a América, os políticos não viraram honestos, nem as putas santas, nem os padres sérios nem um sem-fim de outras previsões que se faziam pra 2012.

Ah, e o Sporting voltou a não ganhar o campeonato.

Por regra 13 é um número de azar, portanto vamos a ver como corre o próximo ano.