Bem vindos à terceira guerra mundial!
A América voltou a fazer das suas e desta vez foi o general iraniano mais amado pela população que foi cos cucos.
Qasem Soleimani era a cola que unia a resistência islâmica contra o radicalismo no médio oriente. Se vocês acham que a coisa já estava mal até agora, esperem para ver como é que vai ficar nos próximos tempos!
Não quero tornar o homem num mártir, porque claro que não era perfeito. Qualquer pessoa que seja o equivalente do chefe da CIA no seu país, tem a sua conta de esqueletos no armário.
Mas num antro de extremismo como se tem tornado o golfo da Pérsia, era um dos poucos que tinham mão no acontecimento.
"Nascido" na guerra Irão-Iraque dos anos 80, Soleimani revela uma aptidão militar desde muito cedo, mas mais importante uma mira de pensamento, uma exactidão de alvo em saber quem realmente é o inimigo.
Após oito anos sangrentos de guerras no golfo, foi perfeitamente capaz de pôr inimizades de lado para ajudar (ou até quem diga ganhar pessoalmente) tanto a guerra civil da Síria como a guerra iraquiana contra o ISIL. Conseguiu unir Kurdos e Shias numa única força, coisa que outro não teria conseguido.
Bom, mau, ou indiferente, não se pode negar que vai fazer falta na zona onde se inseria.
E depois lá vêm os drones americanos armados em campeões.
Ora vejamos... América "cria" Saddam Hussein.
Saddam invade o Irão para derrubar o Shah.
Oito anos depois, acaba a guerra e os Ayatollahs mandam no país.
América mata Saddam.
América mata Soleimani.
Asseguir... América mata Ayatollah?
Seja como for, a América acabou de tirar a rolha da garrafa de violência em que se está a tornar o médio oriente.
Maus tempos virão.
Esmail Ghaani, o seu substituto, é mais reaccionário, mais violento.
No entretanto, já se fala em recompensas pela cabeça do Trump.
Muito em breve, amigo puxa amigo e Soleimani é o novo Francisco Fernando.
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