
Ou é um "português para totós", ou é um monte de estrangeirismos embrulhados ou palavras exageradamente caras que metade das vezes nem tem significado nenhum.
Lembrei-me de uma formação que tive aí há uns tempos no hotel... Foi-me dito que ía-mos fazer um forcing do assunto porque tínhamos pouco tempo.
Mas que raio de merda é que é um forcing?
Quer dizer, nem sequer é um crash course! Eu quando ouvi falar em forcing fiquei a pensar que ia ser enrabado ou o caraças!
Custa assim tanto dizer "curso intensivo"? Nem sequer vou por "formação breve de matéria condensada" nem nada exageradamente caro!
E isto vê-se em tudo... ninguém manda beijos, é kisses... Se acham que beijo é muito simples, digam ósculos! Digam outra coisa qualquer, mas é preciso mesmo ir pelo mais básico do inglês? E nem é inglês puro, é inglês light! Americano, barato...
Não digo que não haja situações perfeitamente aceitáveis, nem digo que nos deixemos de vernáculo, mas um bocadinho mais de esforço não fazia mal a ninguém.
Temos um vocabulário tão vasto que não consigo perceber porque carga de diabos é que nos resignamos ao básico, ao simples... ao pobre.
É uma fraqueza de espírito, uma falta de consideração por novecentos anos do país que é Portugal... e pela língua que é a língua portuguesa.
E já estamos tão habituados que há palavras que nem nos soam bem em português. Ninguém diz molho de tomate, por exemplo. Mas porquê? Qual é o problema com molho de tomate? É por serem muitas palavras? Ketchup é mais rápido?
Mas se ninguém concorda na pronunciação correcta do ketchup! Vai desde catchépes a cachopas a qûetechupes... digam lá se não acham que molho de tomate era bem mais fácil.
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