
Perguntei em que nome ficava o quarto quando ele olha pra ela e pergunta sem vergonha nenhuma "Como é que te chamas?"
Só depois de ela responder é que eu percebi quem era.
Quando eu era criança tinha por vizinhos uma família meio perturbada. Pai, mãe e cinco ou seis filhos. Os putos andavam nus no quintal, mas havia sempre dinheiro pra gasolina para o carro e a mota do pai. Nem para o vinho.
Os dois mais velhos eram mais ou menos da minha idade, a Tânia e o Henrique, já não ouço falar deles à que anos, mas sempre me pareceu que não fossem acabar em nada de bom.
Era a típica família de São Mateus, daqueles que olhas e dizes logo que este vai acabar preso, aquele vai pras obras, aquela vai acabar mãe solteira...
Lembro-me de uma vez que a rapariga a meio da tarde me foi bater à porta a pedir batatas porque eles não tinham nada para comer.
Lembro-me também que a minha mãe tinha abóboras plantadas no quintal... certo dia os putos comeram-nas, mesmo verdes, porque pensavam que eram melancias. Obviamente não eram os espécimes mais inteligentes da raça humana.
Já estão a adivinhar quem era a rapariga do casalinho que falei no princípio, certo?
Agora, quis a divina providência que as minhas funções me fizessem passar pela porta do quarto durante a noite.
Os gemidos ouviam-se do corredor.
Risca mais uma das coisas que eu não precisava de saber!
O som que uma amiga de infância faz quando está a levar a sua...
"Ai na pares ai na pares dá-me com força dá-me com força" :D
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