DDoS

Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Votar pra quê?

Também quero!Será que alguém me explica o que faz um presidente?
É que eu olho, ouço, sinto e cheiro (sim, que a merda do governo vai longe) mas não o vejo fazer nada...
O pessoal queixa-se é do Sócrates, os ministros é que propõe leis, os bancos é que controlam o dinheiro e o presidente... o presidente o que é que faz? Nada?

Ontem foram as presidenciais. Como já se esperava, re-ganhou Cavaco. Como também se esperava, a quantidade de abstenções foi maior que a de votos registados.

Com um magnífico total de mais de cinco milhões, a abstenção é a verdadeira vencedora desta eleição. Os dois milhões e duzentos de Cavaco nem chegam à metade.

E agora, proponho eu, deixem a cadeira vazia! Não precisamos de mais um pra fazer nada, que o salário dele reverta para os cofres do estado, que ao menos sempre vai pagando umas obras!


Lamento dizer que votei Alegre.

Novamente cometi o erro de votar por ideologia, de seguir o candidato apoiado pelo meu partido.

Infelizmente ideologia na política portuguesa é uma coisa morta, se é que realmente chegou a existir. Hoje em dia os órgãos escolhem-se por carisma, as pessoas votam nos seus líderes como se estivessem a escolher quem é que vai sair da casa dos segredos. Já não há programas eleitorais, ou se os há não passam de promessas.

Já lá vai o tempo em que votar comuna significava votar pelo povo, pela arraia miúda, em que votar socialista era votar pelo equilíbrio, votar popular era apoiar igreja e assim por diante.

Hoje? Hoje ou se vota no amigo dos TGV's ou no gajo dos portos. Ou se vota no que quer o aeroporto novo, ou no que quer comprar submarinos. Ou se vota nas putas, ou nos filhos delas.

Já não há partidos, já não há ideologias.
Mudam as caras dos fantoches, mas o interior continua a ser a mesma palha.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Maxmen

Acho esta coisa das marcas curiosa.
Aparentemente a versão original da Maxmen chama-se "Maxim", iniciou no Reino Unido e agora é publicada nos Usas.

Esta revista tem um média de leitores que ronda os dois milhões e meio só nos Estados Unidos, o que não é nada de se deitar fora.
Por comparação a Playboy tem uma tiragem de média de 2,6 milhões, sendo que algumas edições especiais atingem os 6 e 7 milhões.

A minha dúvida é, porque é que não se chama Maxim em Portugal?

Porque em Portugal existe um clone da Cosmo chamada Máxima. Com um magnífico total de... 57 mil edições. Note-se a diferença.

Aparentemente a Máxima começou a fazer barulho aquando do lançamento da Maxim em Portugal, porque tinha receio que os leitores as confundissem.

Não me faz sentido.
Se fosse exactamente igual, vá lá vá lá... mas a pronúncia é completamente diferente, o design não tem nada a ver e o conteúdo está em dois pontos completamente opostos.

Há marcas que mudam só porque apetece. Os gelados Olá, na sua versão original chamam-se Wall's, por causa do nome do criador, o Axe chama-se Lynx, O sabão Omo chama-se Surf, a manteiga Becel chama-se Flora, A Hellmann's chama-se Vianeza (este eles bem que tentaram mudar mas já não foi a tempo), o Rexona chama-se Sure e o Vasenol chama-se Vaseline.
Só para dizer alguns, claro.

Deste trapalhada toda, Maxmen incluída, a única que me faz sentido é a Olá. Porque Olá em português até quer dizer qualquer coisa.
Mas o resto...
(É claro que se eu quisesse talvez encontrasse explicação para todas, mas a ideia do marketing é a primeira impressão)

É que a Coca-Cola continua-se a chamar Coca-Cola, O McDonald's continua-se a chamar McDonald's, a Pepsi, o Mars, o Snickers, o Tide, o Head&Shoulders, o Organics, a Colgate, a Gillette, e voltando à matéria inicial, a Playboy continua-se a chamar Playboy.

Não faria mais sentido que, considerando que a marca é internacional, se mantivesse o nome original?

É que isto acaba a chegar a confusões absurdas. Ali acima falo do Omo, que no original chama-se Surf. No Reino Unido, a "receita" do Omo vende-se com o nome Persil. Em Portugal, o Persil usa a receita do Surf. No Brasil a marca chama-se Omo mas usa a receita do Skip. Na França o Skip usa a receita do Persil e o Omo usa a receita do Skip. Na Austrália a receita do Persil chama-se Drive, o Omo usa a receita do Surf e o Surf são produtos naturais...

E eu fico com a cabeça em água. Quando é que o Skip é Skip, o Omo é Omo, o Surf é Surf e o Persil é Persil?

E quando é que a Maxmen é Maxmen e a Maxim é Maxim?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Carlos Castro

Não há mais a relatar do que se ouve na comunicação social, até porque eu não estava lá, e guardo a minha opinião pessoal sobre a vítima para uma altura em que isto já tenha resfriado mais, mas deixo aqui dois comentários retirados de um site qualquer que ilustram a minha opinião do tratamento dos media neste caso.

"Crime horrendo e orientação sexual à parte, considero ridículo e anedótico que se esteja tratar Carlos Castro por jornalista. Ele era cronista/colunista social (o próprio admitia-se como tal), pois andar a mexericar na vida dos famosos não é jornalismo. E não vale a pena jogar o trunfo de que "ele tinha carteira profissional". Primeiro: se esse senhor fosse uma pessoa inteligente e de valor tinha-a devolvido (tal como a Rita Ferro Rodrigues fez quando começou a apresentar programas, e algo que a Conceição Lino ainda não teve a decência de fazer). Segundo: já houve gente a perder a carteira por muito menos do que esse senhor fez na TV.

Incrível é que quem escreve peças noticiosas sobre este assassinato parece não se sentir ofendido pela atribuição dessa nomenclatura. Um jornalista que faz o trabalho de relatar factos aceita descer ao mesmo nível de alguém que pululava por talk-shows para falar da nova namorada de indivíduo X ou o vestido que a senhora Y levou a um evento Z. A passividade e conformismo dos jornalistas portugueses irrita-me.

Reafirmo, o crime é horrendo, independentemente das razões que levaram a que tal acontecesse. Mas mesmo em momentos trágicos deve haver ponderação de palavras."

e o segundo:

"Não o quero estar a defender, longe disso porque o miúdo cometeu um crime monstruoso se forem de facto esses os contornos. Mas cá para mim este foi o desfecho de uma grande repugnância que ele provavelmente tinha pelo Sr. Carlos castro, a forma como o crime foi cometido e a castração dele depois de morto, na minha opinião só revela o nojo que ele poderia ter por ele. Um miúdo de 20 anos com um velho de 65 anos não é amor, não é paixão e muito menos atracção física! Quanto muito só é interesse, interesse para "subir na vida", e o Carlos castro bem me parece a típica pessoa do "fazes-me determinados favores "sexuais"- diga-se - e eu ajudo-te na tua carreira de modelo". Portanto e para mim, os dois agiram mal, o Carlos castro não é nenhum santinho, nem o Renato já que aceitou humilhar-se dessa forma e fingir-se homossexual para um propósito, mas a mim mete-me nojo velhos destes meterem-se com miúdos que ainda estão a começar a vida e aproveitarem-se deles com promessas... já devia de o fazer há muito mas desta vez o sr. Carlos castro deu-se mal. Morreu ele e ficou o Renato com a vida destruída, infelizmente foi assim."

sábado, 8 de janeiro de 2011

Filmes de Sábado à noite - Sorcerer's Apprentice

®DisneyNormalmente quando se diz Disney a primeira ideia que salta à cabeça é princesas. Logo asseguir é sequelas de péssima qualidade e depois disso é tretas lamechas em que tudo acaba bem.
Hoje em dia pensar em Disney também é pensar em Hannah Montana e Jonas Brothers.

Mas eis que aparece Piratas das Caraíbas.

Aqueles de nós que nunca foram à Disneilândia e portanto nunca tinham ouvido falar disto só pensaram... Isto é da Disney?

Divertido, repleto de estrelas, excelentes efeitos visuais e em geral espectacular, Piratas veio trazer uma nova esperança à Disney, uma quebra do molde em que a companhia se ameaçava afundar.

E eis que agora aparece o Aprendiz de Feiticeiro.

Este filme mostra que a empresa ainda tem garra, que mesmo estando dentro do modelo (fantasia, princesas, dragões e afins) consegue inovar e fazer alguma coisa que nos levante do sofá e nos leve ao cinema.

Note-se que não é para bater recordes. O filme não é nenhum Wall-E, nem nenhum Rei Leão, nem nenhum Branca de Neve. Daqui a 40 anos ninguém vai falar "daquele magnífico filme que mudou a cara do cinema" como se diz destes três exemplos.

Mas é giro. Vê-se bem, é Disney suficiente para ser divertido sem ser Disney demais ao ponto de estragar. As personagens estão bem conseguidas, as estrelas não têm só nome, também são bons actores, o mythos está credível e o fim embora previsível está bem enquadrado.

Vale a pena ver, nem que seja para recordar as coisas boas que a empresa tem esquecendo as barbaridades que a marcaram ultimamente.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cá na ilha

Estávamos em casa de uma colega da Mónica, a "correr meninos" como se costuma dizer, quando chega o pai dela com uma história que lhe tinha acabado de acontecer, daquelas que quem não é de cá não acredita.

Os pormenores eludem-me mas correu qualquer coisa como isto:

Perto das 9 da noite vai homem de carro por Santa Luzia a fora, a caminho de casa, perto da memória.
Em frente do Instituto de Meteorologia há um ferro caído no caminho a bloquear a estrada. À primeira vista parece uma daquelas cercazinhas dos relvados, junto ao passeio.

O homem fica compreensivelmente preocupado e pensa que só há duas hipóteses para aquele ferro estar ali àquela hora ou são putos na brincadeira, ou é uma emboscada para assalto.

Eis que liga para a polícia, a comunicar que havia ali um ferro caído no caminho a meio da noite e o agente sai-se com esta magnífica gema...

"O senhor pode sair do carro e tirar o ferro sem preocupação que cá na ilha ainda não há assaltos desses!"

Resposta do homem?

"Até agora não houve, mas eu não quero ser o primeiro!"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ambulâncias com taxímetro

Chamem uma ambulância!Muito se fala disto agora, de taxa de uso das ambulâncias.

Eu não concordo e não concordo ao ponto de chamar nomes a quem defende esta ideia.

É um perfeito disparate, uma burrice de primeira apanha, uma ideia completamente estúpida.

Eu percebo que haja pessoas que chamam ambulâncias como se fossem táxis. Eu percebo que haja abusadores que tem que parar...

Sabem como é que eles fazem nas américas? Multas!
Se o pessoal da ambulância percebe que não é urgência, assim que chegam ao hospital pimba que lá vai multa.

E sabiam que também nas ditas américas há médicos nas ambulâncias? Não são bombeiros que tiraram um curso de duas semanas, nem enfermeiros emprestados, mas médicos especializados em transporte médico de emergência, o verdadeiro sentido da palavra "paramédicos".

É claro que não são todos médicos, mas pelo menos um elemento da equipa é.

E é nas mãos desta gente que vamos pôr a regulamentação destes custos?
Os próprios bombeiros é que vão decidir quanto é que se paga para andar de taximbulância?

É que aí de certeza que as pessoas vão abusar mais ainda. É porque se estão a pagar vão exigir, e por aí a fora num ciclo vicioso.

Eu sou a favor das multas. Se ligar para o 112 quando não é emergência dá multa, então chamar ambulância quando não é preciso também devia dar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Séries de Segunda - Pilotos

RogerPara quem não sabe, um piloto é o primeiro episódio das séries, uma espécie de teste para ver se a série vai pegar com o público, antes de enterrarem dinheiro nisso.

No geral há dois tipos de piloto, os propostos pelos autores e os encomendados pelos canais.

Para muitas ocasiões, este primeiro episódio é suficiente para ver se vai funcionar, se vale a pena o investimento, se as personagens são carismáticas e afins. É uma boa oportunidade para limar as arestas e não é incomum ver mudanças drásticas do primeiro pro segundo.

Tome-se como exemplo NCIS: Los Angeles. O piloto foi encaixado na série NCIS original, no fim da sexta temporada.

Desde aí até à série em si perdeu-se a personagem principal, mudou-se o local, o foco da série alterou-se ligeiramente da investigação criminal para a vida pessoal da (nova) personagem principal e apareceu uma nova directora, representada pela versatilíssima Linda Hunt.

Neste caso as mudanças foram praticamente todas para melhor, o que mostra uma boa avaliação da opinião pública.

Depois temos casos como Stargate Universe...
Este piloto encomendado pelo canal é uma tentativa de criar uma Voyager no mundo Stargate, uma localização longe do universo "controlável" principal em que as personagens não tem outro remédio senão desenrascar-se da melhor maneira possível com tecnologia que não conhecem em situações que não estão preparados, sem sequer se conhecerem bem uns aos outros e sem um inimigo principal fixo.
Este inimigo principal é que matou o SG1, porque depois de derrotar os Goa'Ulds tem que se inventar um maior e melhor e isso cria um sem-fim de perguntas estilo "se eles são mais fortes porque é que não apareceram antes?"

O piloto, nada mau. Dá uma ideia de Lost inicial, aquela onda de "o que raio é que se passa aqui" que se for bem explorada agarra as audiências. As personagens são todas complicadas, não há muitos estereótipos, ficamos sempre de pé atrás se vale a pena confiar neste ou naquele, o que (novamente) se for bem explorado é uma grande mais-valia.

Mas depois estragam completamente. A série afasta-se cada vez mais do piloto, embrulha-se cada vez mais em pormenores sem interesse nenhum e faz-nos odiar as personagens todas por igual ao ponto de que o canal mandou cancelar ao fim da segunda temporada.

Este é o perfeito exemplo de péssimo aproveitamento da opinião pública, centraram-se mais no que é que as pessoas gostam da concorrência do que o que é que gostavam nos antecessores. Na minha humilde opinião arruinaram quaisquer hipóteses de seguir com o franchise Stargate, o que é sinal de que é mesmo mesmo mau.

Para resumo deixo-vos uma frase de uma entrevista com um dos actores principais, Robert Carlyle. Para quem não se lembra Carlyle era o Begbie do Trainspotting e o Durza do Eragon.
"suddenly a drama [was] opening up in space, [and] in the past that was something that was slightly missing from the genre"

Com uma saída destas a única coisa que eu vejo é "esta série não vai ter nada a ver com as outras" o que pra mim estraga completamente porque eu até gostava das outras.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Pum!

Já cheguei aquela altura da minha vida em que o tempo passa mais depressa do que nos apercebemos.
Parece que foi ontem que comecei este blog, mas afinal já lá vão quase dois anos.
Olho para trás e vejo meses inteiros em que só escrevi um post ou dois e apercebo-me que o dia a dia desgasta muito mais do que parece.

Mas passando à vaca fria.

Acabou mais um ano e prova-se a velha regra de que quando as coisas mudam, mudam pra pior.

O país está na merda, a economia está em crise, os políticos não valem um cú e toda a gente refila mas ninguém faz nada.

Os impostos aumentam, os salários ficam na mesma, já nos tiraram o abono de família, já nos aumentaram o IRS e estou agora aqui a pensar o que mais é que vão inventar para nos levarem o pão da mesa.

Um imposto sobre oxigénio, talvez?
Ou um imposto de luz solar?
É que a água já tem, a comida já tem, a gasolina nem se fala, a carne, o pão, o leite, a roupa, as casas e até os tabacos e bebidas têm imposto!

Portanto, e como isto está em crise, não vos vou desejar um bom ano.

Que fique "um ano mais ou menos" para todos vós!