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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

domingo, 17 de julho de 2011

Beleza Interior

Nunca percebi esta conversa de beleza interior... que o que interessa é a beleza interior, que o superficial não importa, que as pessoas mais bonitas normalmente são feias por dentro.

Mentira! Nós por dentro somos todos iguais! Alguns com mais gordura, outros com pulmões mais pretos, estômagos mais largos, mas isso são tudo insignificâncias. Por dentro somos todos iguais, carne e osso, sangue e tripas.

Não me venham dizer que beleza interior é que é importante.

Os americanos têm uma expressão, "beauty is skin deep", que independentemente da intenção inicial, ilustra perfeitamente o que eu estou a tentar dizer.

A beleza exterior, aquela à flor da pele, é a única que interessa.
As modelos, actrizes e outros sex-symbols não são feias. Não têm espinhas, não precisam perder peso, não tem estrias, nem celulite, nem varizes.
As caras e corpos que vendem carros, produtos de beleza, filmes, comida, cerveja e até armas não são a forma média da humanidade.
São sim, sem falha, boas cmó milho.

Nunca se ouviu ninguém dizer "Ó miúda, belo duodeno!" por muito curta que seja a mini-saia.
Nunca ninguém pensa "aquela rapariga parece ter um sistema digestivo altamente funcional, deixa-me cá meter conversa".

A verdade é que nós, humanos e pessoas em geral, somos vaidosos.
Somos fúteis, superficiais, frívolos.

À parte das relações de trabalho, obrigações e família, todas as pessoas do sexo oposto que conhecemos (ou do mesmo sexo, dependendo da preferência) são motivadas puramente por uma atracção física... o sex appeal de que tanto se fala.

Isto da beleza interior não passa de uma mentira que as mães contam aos filhos feios... deixa estar que há-de aparecer alguém que goste de ti por aquilo que realmente és.

Note-se que não estou a falar de amor, que isso é outra canção completamente diferente, nem sequer está no mesmo CD.

Mas a maior piada é que isto de gajas boas nem é uma verdade absoluta.

Os ideais de beleza são completamente absurdos. No tempo dos romanos as mulheres usavam mercúrio para manter a pele branca... hoje usam-se solários à base de lâmpadas de mercúrio para bronzear a pele.
Ou seja, enquanto antes era quanto mais vampiro mais bonito, hoje é quanto mais laranja mais bonito.

No tempo dos nossos avós dava-se preferência a ancas largas, as chamadas "ancas parideiras". Hoje é ao contrário.

Antes os cabelos queriam-se compridos, a partir dos anos 20 passam a ser curtos.

E isto vai mudando e mudando num processo quase cíclico em que ninguém sabe muito bem o que é que é suposto ser bonito ou o que é que é suposto ser feio.

Só uma coisa é certa.

Enquanto se gastar mais dinheiro em cosméticos do que em educação, os ideais vão continuar a mudar para nos fazer abrir os cordões à bolsa.

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