
Mentira! Nós por dentro somos todos iguais! Alguns com mais gordura, outros com pulmões mais pretos, estômagos mais largos, mas isso são tudo insignificâncias. Por dentro somos todos iguais, carne e osso, sangue e tripas.
Não me venham dizer que beleza interior é que é importante.
Os americanos têm uma expressão, "beauty is skin deep", que independentemente da intenção inicial, ilustra perfeitamente o que eu estou a tentar dizer.
A beleza exterior, aquela à flor da pele, é a única que interessa.
As modelos, actrizes e outros sex-symbols não são feias. Não têm espinhas, não precisam perder peso, não tem estrias, nem celulite, nem varizes.
As caras e corpos que vendem carros, produtos de beleza, filmes, comida, cerveja e até armas não são a forma média da humanidade.
São sim, sem falha, boas cmó milho.
Nunca se ouviu ninguém dizer "Ó miúda, belo duodeno!" por muito curta que seja a mini-saia.
Nunca ninguém pensa "aquela rapariga parece ter um sistema digestivo altamente funcional, deixa-me cá meter conversa".
A verdade é que nós, humanos e pessoas em geral, somos vaidosos.
Somos fúteis, superficiais, frívolos.
À parte das relações de trabalho, obrigações e família, todas as pessoas do sexo oposto que conhecemos (ou do mesmo sexo, dependendo da preferência) são motivadas puramente por uma atracção física... o sex appeal de que tanto se fala.
Isto da beleza interior não passa de uma mentira que as mães contam aos filhos feios... deixa estar que há-de aparecer alguém que goste de ti por aquilo que realmente és.
Note-se que não estou a falar de amor, que isso é outra canção completamente diferente, nem sequer está no mesmo CD.
Mas a maior piada é que isto de gajas boas nem é uma verdade absoluta.
Os ideais de beleza são completamente absurdos. No tempo dos romanos as mulheres usavam mercúrio para manter a pele branca... hoje usam-se solários à base de lâmpadas de mercúrio para bronzear a pele.
Ou seja, enquanto antes era quanto mais vampiro mais bonito, hoje é quanto mais laranja mais bonito.
No tempo dos nossos avós dava-se preferência a ancas largas, as chamadas "ancas parideiras". Hoje é ao contrário.
Antes os cabelos queriam-se compridos, a partir dos anos 20 passam a ser curtos.
E isto vai mudando e mudando num processo quase cíclico em que ninguém sabe muito bem o que é que é suposto ser bonito ou o que é que é suposto ser feio.
Só uma coisa é certa.
Enquanto se gastar mais dinheiro em cosméticos do que em educação, os ideais vão continuar a mudar para nos fazer abrir os cordões à bolsa.
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