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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Assédio Oportunístico

A moda em vénus precisa de umas alterações... tipo mangas, por exemplo!Corria o boato que o chefe de cozinha andava a provar o molho das ajudantes.
Daí que faz sentido que das primeiras coisas que a rapariga nova ouviu foi "toma cuidado com o chefe".
Não sei se prova ou se não prova mas isso não me interessa minimamente.

Passou-se um mês.

Passou-se dois.

A rapariga nova estava a ver que o seu horário não estabilizava, que o salário não aumentava, que continuava a fazer trabalho e escrava (tipo lavar chão, ai que dores nas costas!).

Faz uma última tentativa de melhorar na sua carreira...
Não, não é isso, seus perversos.

Fez um bolo, na tentativa de mostrar ao chefe que até tinha jeito para pastelaria.

Não resultou.

De que é que ela se lembra?
Sim, agora é isso, seus perversos. :p

Andou a berrar por todo o hotel a quem quisesse ouvir, colegas e clientes, que tinha sido assediada pelo chefe.

Os pormenores variavam de ouvinte para ouvinte, moldavam-se à orelha de cada um.

Hoje em dia sempre que nos queremos referir a ela, o apelido é "A Violada".
Tanto que já nem me lembro do nome da criatura.


Este tipo de pessoa, que usa um pressuposto crime actual para tentar ganhar simpatia, vantagem, progressão ou seja o que for, é na minha opinião o bicho profissional mais desprezível que existe.

Dá próxima vez que acontecer um caso de assédio sexual no hotel (e espero que não seja por muito, muito tempo) quase ninguém vai ligar, fica-se como a história do Pedro e o lobo.

E isto, meus senhores, é mau.

É graças a isto que o país está como está.

O abuso de lei utopicamente protectoras para proveito próprio é que faz com que os políticos e toda essa escória sejam os biltres que são.

Mas enfim, já estou a divagar.


Não tenho nada contra relações no local de trabalho, aliás seria hipocrisia se tivesse.

Mas consigo compreender porque alguns patrões o proíbem.
Quando é férias ou doença, vão dois de uma vez.
As folgas tem que ser juntas e os horários compatíveis.

E em casos de superior-subalterno cria-se um clima ou de favoritismo, ou de desfavoritismo para evitar acusações de favoritismo.

Para resumir, se trabalho é trabalho e conhaque é conhaque, ninguém tem absolutamente nada a ver com de que garrafa é que o chefe bebe o seu conhaque e se a rolha custa a sair ou não.

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