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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

terça-feira, 13 de abril de 2010

Até à próxima

Andei a ver Carlin recentemente e o homem põe-me sempre com vontade de desconstruir a linguagem portuguesa.

Houve um casamento no hotel um dia deste e reparei que as pessoas quando saíam despediam-se muita vez com um "Até à próxima".

Mas como assim até à próxima? Eles vão-se casar outra vez, é? Será que também vão fazer uma cerimónia de divórcio? E depois uma de casamento? E mais uma de divórcio?

É inacreditável a quantidade de barbaridades que sai da boca de uma pessoa só porque estamos habituados a dizer as coisas assim.

Eu, por exemplo, não me considero crente mas lá de vez em quando saio-me com um "por amor de deus" ou um "valha-me nossa senhora"...

Mas porquê?

Já ninguém pensa neste país?

Encontra-se alguém na rua e então que tal, olha pois vai-se andando...

Mas como é, vai-se andando? Se estás aqui parado a falar comigo não vais andando pra lado nenhum!

Quando é uma questão de metáforas até se percebe... vai-se remando contra a maré, ou, vai-se lutando... São expressões que denotam uma certo dificuldade, mas contra a qual se faz tudo por tudo e é compreensível!

Mas há aquelas frases feitas que as pessoas usam para tudo, mesmo a situações completamente inaplicáveis. Veja-se o até à próxima.

E depois há outras que não fazem sentido absolutamente nenhum!

Como o "bons olhos te vejam"... Mas o que raio é que isso quer dizer?
Que raio de cumprimento é esse? Então eu acabo de te encontrar, pela primeira vez há anos, e a primeira coisa que eu tenho pra dizer é que tenho boas capacidades visuais? É que no meu caso isso nem se aplica, que eu sem óculos não vejo nada! Como é que eu posso dizer que os meus olhos são bons?

Ou o "sejas bem aparecido"! Mas ele por acaso estava invisível antes, era?

É com cada parvoíce...

Bem hajam e até à próxima!

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