
Nos anos 50 tínhamos I Love Lucy, a história de uma mulher que sonhava ser estrela ao lado do marido, que tocava numa banda cubana, e a sua vida do dia com muita comédia estúpida pelo meio.
Nos anos 60 a série era Brady Bunch, mas acho que essa não passou na televisão portuguesa.
Nos anos 70 aparece All in the Family, com o seu icónico Archie Bunker e a já conhecida estrutura familiar de pais conservadores e filhos liberais, centrando-se entre outras coisas no choque de culturas.
Nos 80 a coisa já começava a descair e a solução que eles (Hollywood) acharam foi a de inverter os papéis.
E eis que aparece Family Ties, a série que estreava um semi-desconhecido Michael J Fox, no papel de filho conservador de um casal liberal.
Na minha humilde opinião, se não fosse a química entre os actores a série tinha falhado redondamente, porque a ideia é absurda. Mas os papéis foram muito bem representados e a série lá se safou.
Houve outros pelo meio também de grande fama, desde Dear John, a Taxi, Alf e até Who's the Boss?, mas estes são exemplos de famílias nucleares no centro da série.
Depois chegamos aos anos 90 e... nada.
Percebe-se o problema, já não há famílias nucleares.
E eis que aparece a solução.
Modern Family segue, como o nome indica, uma família moderna.
O pai casou com uma mulher muito mais nova, o filho é gay com respectivo parceiro e criança adoptiva e a filha, que era uma desnaturada, agora é mãe de três.
Nada disto é normal e ao mesmo tempo tudo é familiar.
Todos nós conhecemos uma família assim, todos temos um primo, um tio, um vizinho que encaixa num destes padrões.
É, como o próprio nome indica, uma família moderna.
Nas palavras de uma das personagens, "It makes you laugh but it also makes you think."
Merece ser visto.
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