
Ainda não vi o filme do Del Toro. Estou à espera de ter as duas partes, para ver a obra como um todo.
Mas isso agora não interessa nada.
É interessante como o revolucionário "anti-establishment" se tornou o ícone da cultura punk. É ver a cara dele em t-shirts, autocolantes e afins.
O anti-marca tornou-se ele próprio uma marca.
Se ele soubesse que a cara dele anda colada em tudo menos preservativos, andava às voltas na campa.
A humanidade precisa de líderes, precisa de marcas... tal como Deus e os santos, não conseguimos imaginar revolução sem Che.
O Homem não consegue abraçar uma idéia sem lhe colar uma cara... faz parte de todos nós o desejo de sermos seguidores em vez de livres-espíritos.
Parece que se não tivermos uma imagem, não conseguimos fixar uma ideia.
Quando pensamos em refrigerantes, nunca pensamos num copo com um líquido castanho, mas sim no nome Coca-Cola, no logotipo branco com a onda por baixo.
Não deixa de ser curioso, esta inabilidade de pensar nas coisas como elas são, sendo obrigatório um rótulo.
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