
Coisa que até certo ponto fazia sentido, considerando que antigamente não havia intervalos publicitários de 15 minutos e se é a televisão do povo pro povo convém que seja o povo a pagar por ela.
Oras, algo recentemente ouvi sobre a tal confusão da Contribuição Áudio-Visual.
E para quem não sabe como eu também não sabia, passo a explicar.
De acordo com o n.º 5 do artigo 5.º da Lei n.º 30/2003, de 22 de Agosto, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 169-A/2005 e pelo Decreto-Lei n.º 230/2007, de 14 de Junho, as empresas fornecedora de electricidade são obrigadas pelo estado a cobrar aos clientes esta CAV que reverterá na íntegra para a Rádio Televisão de Portugal SGPS, SA, ou seja as nossas amadas RTP e RDP.
Sou só eu que acho estranho que se pague televisão por duas vias?
Quer dizer, já não basta pagar (no meu caso) 50 euros por mês à MEO, ainda tenho que pagar mais 4 à EDA?
E já não se pode dizer que faça sentido! Agora a RTP tem contratos publicitários aos montes, já não tem produções originais, a programação é uma porcaria, os concursos são horríveis não há absolutamente nada que se salve...
E se, com a MEO, eu tenho a opção de pagar por certos canais (telecines e isso) porque é que não me dão a opção de pagar ou não pela RTP?
Simples! Porque se me for dada a opção eu não quero RTP para nada!
Não quero financiar a RTP1, a RTP2, a RTP Memória, a RTP Internacional, a RTP Madeira, a RTP Açores e muito menos a RTP África!
Se algum exemplo ilustra bem o que é o estado português, é este.
Este hábito de mentir aos contribuintes, de dizer que não, a taxa de televisão acabou e depois pimba com a CAV, mostra sem discussão possível que o nosso país está efectivamente a cagar-se para nós.
E passe a boa regra portuguesa... As moscas mudam, mas a merda é a mesma.
Sem comentários:
Enviar um comentário