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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

terça-feira, 28 de julho de 2009

Privacipúblico

Havong an affair? Do it here!Algumas pessoas, não são todas, só mesmo algumas, esquecem-se que quando estão num hotel não estão efectivamente em casa.

A privacidade é sem sombra de dúvida o ponto em que isto é mais visível.

As paredes de hotel não são como as paredes lá de casa... são mais finas.
Em casa se fizer barulho não há problema, porque não há lá mais ninguém. Num hotel ouve-se... ouve-se nos corredores, ouve-se no quarto ao lado, às vezes até se ouve no quarto acima.

Aquela mulherzinha devia ter-se lembrado que cantar "Do you believe" da Cher no chuveiro às 4 da manhã provavelmente não era boa ideia. Ainda pra mais se não sabia a letra. Ou como muitos outros, que tem a televisão aos berros a meio da noite... há pessoas a tentar dormir, sabiam?

O mais embaraçoso, mas ao mesmo tempo mais divertido, são todos os acontecimentos sexuais...

Há pessoas que nem se lembram de disfarçar. Pura e simplesmente esquecem-se que estão em casa.
A mulher do quarto X nem se apercebeu que estava a berrar "Isso garanhão, dá-me com força!"... e provavelmente não sabia que havia crianças no quarto em frente.

A outra do quarto Y não se lembrou que se dissesse "Não o metas aí que não vai caber" provavelmente alguém ia ouvir.

A americana de certeza que nem se tocou quando começou a dizer "Oh my god it's SO BIG!!!"... O melhor é que os pais estavam no quarto mesmo ao lado.

E sem sombra de dúvida que o outro não sabia que havia gente por perto quando disse ao companheiro de quarto "vá lá, tu sabes que eu gosto de levar no cú, e não está aqui mais ninguém!"


Depois há os outros que disfarçam e mal.
Quando são gemidos e suspiros a meio da noite, as pessoas até que percebem e se não for muito barulho até dão o desconto. O problema é quando eles ligam a televisão aos berros para abafar os gemidos.

E depois ainda há aquela raça rara... os que sabem que estão a ser "observados" e gostam... como o casal de americanos que vai para a varanda, mamas por cima do corrimão e toca a aviar!
Ou as brasileiras que gemem como se estivessem a ser filmadas... e o corredor inteiro fica a saber o que é que se passa. Ou um ou outro casal em lua-de-mel, que fazem questão em... publicitar... que estão de lua-de-mel.


No meio de tanta conversa, a mensagem que tem que passar é... Se estão num hotel, não estão em casa. Não mostrem o que não querem que se veja e não digam o que não querem que se ouça.

domingo, 19 de julho de 2009

Bons papéis

Roubado do imdb.com
Não sei se só só eu, ou se isto é acontecimento comum.
Há certos actores que representam certos papéis que nos fazem esquecer da sua carreira anterior.

Já alguém viu o Deep Impact? Aquele sobre o meteorito, com o Morgan Freeman a fazer de presidente dos USA?

Até há muito pouco tempo, eu nem me lembrava que o Elijah Wood era o ACTOR PRINCIPAL desse filme...

Acho bizarro, mas muito interessante, parece que antes de ele fazer o Senhor dos Anéis, eu nem sabia que ele existia. Como tal, o papel no Deep Impact não ficou gravado na minha mente.

É só um pormenor curioso que me lembrei de partilhar :)

Auto-Estima

Ou seja, é um mal do cúA nossa sociedade tem um problema incontornável, de raiz.
A falta de auto-estima.

Desde crianças que aprendemos que somos especiais, que somos melhores que os outros.
Martelam-nos no subconsciente que conseguimos sempre mais e melhor basta tentar, basta esforçar.

Isto é e será sempre um grande problema.

Temos que perceber (nós não, que já não vamos a tempo, mas os nossos rebentos) que nem todos conseguem ser astronautas, nem todos conseguem ser presidentes.

Este excesso de expectativas cria uma elevada insegurança que só faz mal, só destrói.
Encorajamento é fundamentalmente bom, obriga-nos a dar o nosso melhor, mas nos dias que correm querem que dê-mos mais que isso. O nosso melhor nunca é suficiente. Há uma corrida para ser sempre o melhor, o mais rápido, o mais bonito, o mais bem vestido, o mais bem sucedido, o mais rico, o mais influente.

E não é difícil notar que isto é verdade. Estamos mais preocupados com o que os outros pensam de nós, do que com o que somos.

Preocupamo-nos mais com a imagem do que a saúde. Inventam-se cremes para as rugas, mas nada de cura para o cancro.

Preocupamo-nos mais com o que vestir do que com o que comer. A indústria da moda faz milhões, mas há pessoa a morrer à fome. Andamos de fato Armani, mas comemos no McDonalds.

Preocupamo-nos mais com a opulência do que com a segurança. Há carros que custam 150.000 euros, enquanto que as casas custam 100.000... compramos televisões por 1500 euros, mas acabaos a comer pão com queijo.

Isto não faz sentido.
Estamos todos com as prioridades trocadas, estamos todos demasiado preocupados com futilidades.
Nós vamos ser a nossa própria destruição.

Mas não faz mal, háde-se arranjar um bode expiatório.

Paneleirices

Roubada nas internetes, claroNa minha opinião, homosexualidade não é uma doença.
Não é um problema que precisamos resolver, nem um "mal dos tempos modernos".
Cá pra mim, cada um leva onde quer e nos otros não temos nada a ver com isso.
Cada pessoa deve ser livre de usar o seu corpo como quer e entende, sem ser criticado, renegado, excomungado e seja-lá-mais-o-que-for-ado pelos outros.

Acho que as pessoas merecem o nosso respeito pelo que são, a nível de personalidade e capacidades, e não pelos seus gostos, que toda a gente sabe que gostos não se discutem.

Conheço homosexuais alguns dentro, outros fora do armário, que trato tal e qual como trato heterosexuais. Para mim não é um traço definitório, é só mais uma característica.

Não concordo que se goze com pessoas só porque gostam de levar no rabinho e admiro os que, mesmo neste clima xenófobo, o admitem publicamente.

Agora, acho é que uma coisa é admitir e assumir a sua preferência e outra completamente diferente é agir como um estereótipo e andar pelas ruas a armar escândalo!

O meu problema começa quando as pessoas decidem pegar nessa "só mais uma caracterísca" e fazer dela o centro da sua personalidade.


A esses eu chamo de paneleiros.

Entre muitas outras atitudes questionáveis acho, por exemplo, de muito mau gosto atirarem-se a tudo o que é homem (recentemente um cliente queixou-se disto na Twins, havia lá um veado a atirar-se a ele mesmo depois de ter sido informado que o cliente em questão gostava, e muito, de mulheres... acabou a ser informado por um contacto rápido entre o punho do primeiro e o nariz do segundo).

Acho também uma parvoíce andarem-se a tratar por "quela" e "amiga" e outras... paneleirices... dessas.
Se tens um pau no meio das pernas, independentemente de onde gostas de o enfiar, és homem! Não és quela nem filha nem menina nem nenhum dos outros adjectivos femininos!


Estas criaturas reclamam que são perseguidos, reclamam que são ostracizados, mas acho que são eles próprios, eles, mais que todos os outros, que fazem por o ser.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Carimbo de Vadia

E a seta aponta para...Perceba-se que eu gosto de tatuagens. Já vi coisas muito bonitas e muito feias, com piada e sem piada, mas não estou aqui pra falar de tinta.

Esta mensagem é sobre rótulos.

Uma das maneiras de melhor fazer ver que tipo de pessoa és, ou quais são os teus ideiais, é sem sombra de dúvida uma tatuagem.
É permanente e forte. É uma coisa que dói a fazer e não sai, pelo que as pessoas percebem que estás bem a sério.

Elas existem com todas as cores, tipos e sabores. Podem ser em homenagem, como o velho "Angola 74" que te identifica como guerreiro, sobrevivente da última grande guerra portuguesa, podem marcar o estatuto de fã, como tatuar a cara do Yoda no braço, de estilo de vida, como o símbolo da Harley Davidson, que te identifica logo como motoqueiro, ou podem ser religiosas, como o coração de fogo de cristo sobre o teu próprio coração.
Podem até marcar-te como idiota, que é o caso do arame farpado no braço.

Seja lá qual fôr a imagem, o simples facto que a tens fala volumes sobre ti.

Das mais antigas que tenho a destacar (embora hoje em dia já não seja tatuagem, mas sim maquilhagem) é a pinta vermelha na testa das mulheres indianas. À semelhança das nossas alianças, esta pinta marca a mulher como casada... É uma mensagem permanente, indelével, de "entrega" completa ao marido, de compromisso para a vida toda.


De todos os que já vi, há dois estilos que marcam a rapariga em questão, inquestionavelmente, como puta.
Ou se calhar, como fácil, já que nem todas levam dinheiro.

A primeira é o coelhinho da Playboy.
Tatuar o dito coelho de laço em qualquer parte visível do corpo é uma maneira segura de te identificares como rapariga da vida. Toda a realidade da mansão e da revista que está associada àquele coelho transporta-se para ti por meia dúzia de linhas. Tal como uma swastika no ombro te marca como nazi, a mensagem do coelho é inconfundível.

A outra, um pouco mais ambígua mas a meu ver também inconfundível, é a tatuagem por cima do rabo.
Conhecida como "Tramp Stamp" (que traduzido à letra seria carimbo de vadia, ou numa tradução mais correcta selo de puta) esta tatuagem tem associada a si uma mensagem directa, tanto de estilo de vida como de posição sexual preferida.

Lembro-me de uma anedota...

Porque é que as raparigas fazem aqueles rabiscos por cima do rabo?
Para o homem ter alguma coisa pra ver enquanto está a dar-lhe por trás.

E não ouvi esta ontem.

Miúdas, se não querem ser rotuladas, se não querem que as julguem, não se ponham no centro das atenções. Ninguém no seu perfeito juízo se pode queixar de os homens se atirarem quando tem um coelhinho ao lado do umbigo.


Atenção que não estou a falar mal da prostituição!
Se é essa a mensagem que querem passar, então força. Acho que as nossas escolhas de vida devem ser seguidas até ao fim, se é isso que realmente queremos.

Façam-no, mas façam-no com intenção, com determinação.

Aqui fica um bom exemplo de como esta mensagem pode ser passada com estilo :p

A arte é uma coisa tão bonita

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dragonball Evolution

Dragãobolas ZézézéJá vi e tenho que admitir que gostei.

Ao contrários dos fãs "Die Hard" da série e ao contrário de todas as péssimas críticas na internet, achei que o filme não estava nada mau.

Há uma coisa que tem que se dizer logo ao princípio.
O filme não é Dragonball.
Que fique bem percebido.

Acho que a aproximação à história é uma de pessoas que se lembram que isto foi um grande sucesso, que viram dois ou três episódios (o suficiente pra perceber o que é que se estava a passar) e que até acharam piada, mas não é pra perder a vida agarrado à televisão.

O filme cumpre o seu propósito. Não é uma tradução literal da manga para o cinema mas sim uma reimaginação da série, baseada nas mesmas ideias. Isto percebe-se principalmente nos "winks" à serie original, como a personalidade do Roshi (que em português era o Tartaruga Genial) ou o cabelo imutável do Goku. Ou as pausas na imagem, a simular o "desaparece aqui aparece ali" que era uma das mrcas da série.

O filme não se dá ao trabalho de explicar muita da fantasia/tecnologia do mundo mas também não é preciso... há umas referências aqui e ali a se passar num futuro distante (o Goku tem no seu quarto um poster de um jogo à la FIFA, chama-se Champions 3010) e parece-me suficiente.
"É futuro, eles são mais avançados"

As personagens são completas, embora muita vez não sejam fiéis. A Mai por exemplo, aparece na Manga ligada ao Exército Vermelho, e é uma completa totó. No filme é uma assassina toda XPTO que faz uns feitiços malucos e voa e o caraças.
Mas pelo menos está lá! Pelo menos aparece!

Adorei a transformação do Goku de uma criancinha estúpida das freguesias para uma personagem multi-dimensional. Um dos graves problemas da manga era mesmo essa, ele era demasiado previsível.
Tive pena de não aparecer o Krillin, o humano mais forte de todos os tempos, mas também, na manga ele esteve quase sempre morto neste ponto da história.

Vale a pena ver, nem que seja pra dar umas gargalhadas. É no fundo um filme de acção, não é uma comédia, mas consegue ter a sua piada.

E por último, deixo uma mensagem muito importante para todos os que falam mal do filme.

Este filme foi feito para apresentar a putos de 6-12 anos uma série que muitos de nós adorámos. Não é um filme feito para nós (adultos ou quase) mas sim um novo começo, uma nova imagem da mesma ideia.
Não chorem porque não aparece a cena do goku a tirar as cuecas à bulma, ou porque o cabelo dele não é espigado suficiente, ou porque o Tartaruga não usa carapaça, ou porque não aparecem porcos e coelhos que falam.

Querem uma história fiel à série? Vão ver a série!

Táxis ao metro

Este é japonês, portanto é o modelo pra S MiguelO que esta ilha está a precisar é de uma central de táxis.

O negócio está muito mau pros taxistas, os turistas normalmente tem carro alugado, ou vem em excursões com tudo incluído, ou fazem como os holandeses e andam a pé.
Aqueles fretes seguros, da velhinha que todos os meses vai receber a sua pensão, ou do casal das freguesias que vai às compras estão a acabar, porque cada vez mais há um neto, um vizinho ou um amigo com carro.

Depois há a questão do preço, que a vida não está fácil pra ninguém.

Pra mais, se é verdade que muitos são pessoas honestas que só querem fazer a sua vida e ganhar uns heróis pra comida, há um ou outro que dão um péssimo nome à profissão.

Esta imagem que temos do taxista de aldrabão, arriscado, dono da estrada, desrespeitador e, no geral, filho da puta, deve-se a estas 3 ou 4 ovelhas negras.

Lembro de dois ou três casos em particular...
Há um nocturno que eu evito chamar a todo o custo, é caro, malcriado e malcheiroso.
Há outro que tem o táxi a cair aos bocados e que insiste em chamar os clientes por tu.
Depois há o outro com cara de fuinha, que ao fim de quatro ou cinco minutos faz questão de anunciar que se alguma vez o cliente precisar de putas, fale com ele. Uma vez fez esta revelação a um casal com uma criança...

Há ainda um em particular que por acaso já não vejo à algum tempo... um sujeito que há alguns anos matou outro à facada por causa de um jogo de futebol. Pessoas deste calibre nem sequer deviam andar na rua, quanto mais ao volante de um automóvel!

E chega ao cúmulo... há alguns anos, esteve hospedado no hotel um casal que foi passar um dia à Graciosa, americanos julgo eu. Na ida, o táxi para o aeroporto custou-lhes 35 euros. No dia seguinte, o mesmo taxista, custou 18. O dobro! Foi a confusão total... Então a trapaça é tanta que o homem nem sequer se apercebeu que tinha enganado aquele casal no dia antes!

Com uma central de táxis esta palhaçada acabava-se.

Havendo padrões de conservação acabavam-se os carros a cair aos bocados.
Com taxímetros acabavam-se as aldrabices de horários nocturnos às duas da tarde.
E acima de tudo resolvia-se um problema grave, pelo menos a meu ver.

Com uma central de táxis, haveria sempre um táxi disponível através de um número de telefone único, fossem 3 da tarde ou 6 da manhã, era só ligar e já está.
É uma complicação, especialmente nas festas maiores, encontrar táxis sem ser preciso passear pla cidade inteira.

Acho que se esta ilha se quer virar para o turismo, temos que começar pelas coisas pequenas, mais fáceis de resolver, e uma das maiores queixas sempre foi os táxis e os autocarros.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Medic!!!

Eu sei que é de farmacêuticos, mas cumpre o seu propósitoEste país sofre de um problema que nunca conseguiríamos explicar a estrangeiro nenhum...

Excesso de doutores e falta de médicos.

Dá-se demasiada importância ao título (imerecido, diga-se de passagem) e muito pouca ao conhecimento.

Cada vez que me aparece um idiota de fato e gravata a exigir ser tratado por doutor só me apetece responder à letra...
"Ai é doutor? Ora, ainda bem, porque eu estou aqui com uma dor nas costas que não quer passar. Será que me pode dar uma olhada?"

Estes mamões, à falta de melhor, julgam que só porque passaram 4 ou 5 anos mais que os outros a viver à custa do papá e da mamã que são comparáveis a praticantes de medicina...

Andam praí a vender comprimidos, ou a vender projectos, ou a vender banha da cobra... pensando bem, esse tipo de pessoas anda sempre a vender alguma coisa!

É que nem são doutorados, a esmagadora maioria tem uma licenciatura de merda qualquer!

Acho que a única sociedade que eu conheço com uma tradição de títulos tão extensa como a nossa, mas que realmente funcionava, era a japonesa feudal. Mas esses tinham um código de honra! Não havia doutores que não praticassem medicina, nem arquitectos que não praticassem arquitectura! Era uma cultura onde ser carpinteiro era uma profissão de mérito, com anos de experiência, verdadeiros mestres na sua arte...

Mas também, o que é que podiamos esperar dum país onde se tira um curso de engenharia ao domingo?

A minha primeira torradeira

Fernão, filho, foste substituído por uma tostadeira!Já andei a brincar com um Magalhães.
Não achei nada mau, mas passo a explicar porquê:

Como o próprio aparelho diz, o propósito do Magalhães é ser "O meu primeiro computador" (ou se calhar é "o meu primeiro portátil", não me recordo ao certo) e nesse ponto de vista cumpre bem o seu propósito.

A começar pelo exterior, é leve (não chega a quilo e meio) e "fofinho" e tem uma pegazinha pra facilitar o transporte. E muito importante, é resistente (ou pelo menos parece).
Se isto é computador pra putos, tá-se mesmo a ver que vai dar muita queda.

As teclas são pequenas, apropriado ao utilizador alvo, e o ecrã é grande o suficiente, 9 polegadas panorâmico, que combate o "medo" de os putos acabarem a usar óculos por causa do computador.


O que passou pelas minhas mãos vinha com dois sistemas operativos, ao contrário do que é vendido ao público (p. ex. na Worten) que só traz um.
O Windows XP Pro, que me deu a ideia de ser uma versão própria pra notebooks, e o Linux Caixa Mágica Mag, uma versão do Caixa Mágica 12 customizada ao Magalhães, por sua vez baseado no Mandriva Linux, uma das versões mais estáveis do sistema Open Source.

Adorei o facto que se dá ao utilizador a hipótese de deixar a teta da Microsoft.
É um passo muito importante na formação cívica das crianças, ensinar-lhes que há uma escolha, que há uma alternativa à primeira coisa que te empurram pra debaixo do nariz, que não és obrigado a usar aquilo que "eles" querem que uses, a comer aquilo que "eles" querem que comas, a vestir aquilo que "eles" querem que vistas, e etc.

Não tem leitor de CD's, nem drive de disquetes, nem etceteras, sendo que os únicos interfaces disponíveis ao utilizador são duas portas USB e um leitor de cartões SD (que são baratinhos e relativamente grandes). Há também uma porta RJ45, ou seja, uma porta para cabo de rede.

A nível de processador e RAM, tem um Celeron a 900 e 1GB DDR2.
Acho que não está nada mau, quer dizer, isto não é pra andar a jogar Crysis nem San Andreas.

Tem um disco rígido de 30 gigas (e pelo que me parece há uma versão com disco de 80) o que também é mais que espaço suficiente.

A nível de software é que eu começo a torcer o nariz...
Percebo que muito disto foi estupidez de quem configurou a torradeira antes de ser entregue aos alunos, mas achei que tinha muita tralha que não servia pra nada.
Trazia o Google Desktop, por exemplo, o Firefox (que embora se compreenda a hipótese de dualidade poderia ter sido só posto no Caixa Mágica, que poupava recursos) e mais uma infinidade de parvoícezinhas que só servem pra por a máquina a passo de caracol.

Vem todo configurado para o uso na sala de aula, mas pelo que me indica uma professora, ainda não é este ano que se vai começar a usar o computador como apoio integral na escola. E é bem capaz de também não ser para o próximo. E talvez não para o outro asseguir... estão a perceber a idéia.

É um bocadinho preocupante que um dos programas que eles tenham eleito instalar seja um controlo parental, tanto de conteúdo da internet como de programas... Isto substitui a educação cívica por um "não porque eu não deixo", o que na minha opinião é uma péssima maneira de ensinar. Acho que deveríamos explicar os porquês antes de dizer não. Eu quando era puto "não porque não" não funcionava, e continua a não funcionar.

Mas considerando que isto está a ser pago pelo Ministério da Educação até que se percebe... assim como assim, eles já são peritos em lavagem cerebral, esta é só mais uma forma de controlar o que é que as nossas crianças vêem e ouvem, nada fora do normal.

Afrodisíacos

AspirinaCaféEstava a comer amendoins quando me lembrei desta...

O amendoim não é afrodisíaco.

Este tipo de mitos urbanos existe já há muito tempo... normalmente tem uma base de verdade, que com o passar do tempo se perde na ignorância. Perceba-se, quem dizia no princípio sabia o que é que estava a dizer, mas hoje em dia já se diz só por repetição, tipo papagaio, sem saber os porquês.

No caso do amendoim, a explicação até é simples, um amendoim tem a mesma quantidade de calorias que um papo-seco (e não é à escala, é mesmo comparação directa).
Mais calorias disponíveis para queimar significa mais energia pra pinocar.
Simples.
Mas não é isso que o torna afrodisíaco...

Quando eu andava no liceu, uma destas parvoíces que rodava por aí era que um café com duas aspirinas dava uma moca enorme...
Era um tal tomar cafés e aspirinas, e embora aquilo não fizesse merda nenhuma, nós acreditava-mos que sim e lá andavamos todos mocados. Como se costuma dizer, a sisma é pior que a doença.

Neste caso, a explicação também é bem simples... A aspirina causa um efeito anticoagulante no sangue ("corta o sangue" como se costuma dizer), o que faz com que a cafeína se espalhe pelo sistema mais depressa.

Para quem nunca bebeu café, até um speedzinho jeitoso, mas para quem como eu naquela altura já bebia pelo menos um por dia, não fazia absolutamente nada.

Mas no entanto andávamos lá, feito idiotas, pedrados com um café e duas aspirinas...

Eu já fiz cada burrice, que só vendo mesmo...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Revolta

Ando já há uns dias a planear um seguimento para "Saudade", uma prova do meu desconforto perante a maneira como foi subsequentemente tratada a situação pela minha entidade patronal.
Pretendia berrar e refilar sobre a desumanidade dos mesmos, a extrema desconsideração por mim enquanto funcionário antigo e enquanto simples ser humano.

Decidi calar-me.

De nada serve refilar, de nada serve partilhar as minhas supostas mágoas, as minhas previstas injustiças.

Acho que, agora já passados alguns dias, vejo que só serviria para alimentar um fogo que teimava em arder, mesmo acabado todo o combustível.

É melhor assim, fica o murmuro quase inaudível que aqui está em vez do grito ensurdecedor planejado.