
Note-se que isto é tudo baseado em primeiras aparências e atracções iniciais.
É normal nos chamados teen flicks a rapariga totó que ninguém liga nenhuma estar apaixonada pelo rapaz mais popular da escola. Algures a meio do filme o rapaz acaba por perceber que a rapariga até é gira e interessante e acabam por se apaixonar e viver felizes para sempre.
O contrário também acontece lá de vez em quando mas, considerando que estes filmes são pra pitas, o mais frequente é mesmo este cenário.
Na mesma onda, a fantasia mais comum para os putos de liceu é a cheerleader, coisa que por cá não temos, mas fica o exemplo.
Infelizmente para esses totós, as relações não funcionam assim, muito pela mesma razão que é raro haver gajas extremamente boas e extremamente inteligentes.
Parte da condição humana é a procura do melhor possível, o macho alfa ou a abelha-rainha, por assim dizer.
As raparigas bonitas andam sempre com os rapazes bonitos e as raparigas inteligentes andam sempre com os rapazes inteligentes.
O que a maioria das pessoas se esquece é que dá trabalho ser bonito.
Horas de ginásio, preparação física, praia pro bronze, cremes, maquilhagens, desporto, roupas e tudo mais, são coisas que roubam tempo.
No caso dos totós, esse tempo é gasto em jogos de computador, estudar para as aulas, aprofundar os seus interesses (sejam lá eles quais forem) e tudo mais.
Daí que a maioria dos geeks não percebe nada de moda.
E que as pitas não percebem nada de física nuclear.
Voltando à vaca fria.
Para uma cheerleader, o mais importante é o estatuto social. Daí que nunca na vida ela vai namorar com ninguém que não seja da equipa de futebol, ou qualquer outro desporto do estilo. É só mais um passo para o estrelato, só mais um acessório...
Normalmente são as mulheres que acabam por se casar com desportistas, advogados, médicos e outros ricos do estilo.
Para a rapariga que passa os dias na biblioteca, o mais normal é namorar com o maior marrão da turma. Já que ela dá mais importância à inteligência, é nisso que ela vai à procura num parceiro, os valores que ela própria considera mais importantes. Estas normalmente acabam casadas com os ratos de laboratório, os cientistas de pesquisa, os programadores informáticos, os prémios Nobel, por assim dizer.
Daí o título do post.
É claro que há excepções, mas normalmente são motivadas por choques nos valores pessoais.
Passo o exemplo da cheerleader que perde o pai... digamos de overdose.
É perfeitamente possível que esta acabe em advogada criminal, ou detective policial, em vez de modelo ou assim. Mas se não tivesse recebido aquele choque de personalidade, teria seguido o caminho que a sociedade reserva para o tipo de pessoa que ela era.
Citando Piaget (acho eu) somos todos fruto das nossas experiências.
E as nossas relações refletem a nossa verdadeira personalidade.
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