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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Posters de Pescada

E mais outro!

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Hereditariedade

Vai à fava :pNestas épocas festivas eu acabo sempre a pensar em família.

É daqueles assuntos que infelizmente não consigo me desviar, que me acaba a trazer mais dores de cabeça que eu consigo aguentar nestas alturas.

Mas enfim.

Uma das coisas que me preocupa no divórcio dos meus pais é a hereditariedade de comportamentos.

As opiniões divergem entre os entendidos, mas o consenso geral é que costumes e gostos são até certo ponto hereditários.

Daí que a comida da mãe sabe sempre melhor, os gostos musicais são sempre parecidos com os do pai, o carro preferido normalmente é o mesmo do irmão mais velho,gostam dos mesmos desportos, do mesmo tipo de filmes e etc e etc.

Mas, até que ponto isto é genético e até que ponto é observação de comportamentos?

Eu pessoalmente não tenho muito contacto com os meus irmãos mais novos, pelo menos não no dia-a-dia, mas, a título de exemplo neste tópico, descobri ontem que o meu irmão tem uma preferência pela matemática, no que toca a matéria de escola, e eu também tinha. A minha irmã gosta de saber como é que as coisas funcionam, ainda não chegou à fase de desmontar brinquedos mas não anda longe, tal como eu.

Será que foram buscar esses interesses ao mesmo sítio que eu? Será que é mesmo genético?

E se este tipo de aspectos são hereditários, será que os pontos negativos também o são?

O meu pai fumava, aliás, deixou à relativamente pouco tempo, e eu quando criança era muito anti-tabaco.
Mas agora já fumo.

Tenho a ideia da minha mãe ser um pessoa muito sedentária, não era muito dada a desportos nem exercícios. Lembro-me de umas quantas tentativas falhadas de perder peso.
Eu também sou sedentário e detesto exercício.

O meu pai sempre teve uma preferência por whisky em detrimento das outras bebidas...
Eu também não troco um whisky por nenhum gin tónico nem vodka laranja.

A minha mãe sempre teve problemas em resistir à tentação das compras... Livros, mobília, coisas desse estilo.
Eu também, embora seja mais televisões e jogos e coisas assim.

Será que é prova da hereditariedade dos maus costumes?

É uma ideia no mínimo desanimante, senão mesmo deprimente.

Os meus pais divorciaram-se, em parte por causa de adultério. Será que eu um dia também vou ser adúltero?

A minha mãe era demasiado permissiva em relação à educação, eu faltei a aulas sem fim, reprovei dois anos e nunca recebi castigo nenhum de maior...
Será que quando tiver filhos também vou ser assim tão desleixado?

E até que ponto consigo contrariar isso? Será que vai ser uma luta diária para acompanhar o desenvolvimento dos meus filhos, ou será que acabo por me habituar e fazê-lo naturalmente?

É um bocado aquela máxima bíblica que os pecados do pai reflectem-se nos pecados do filho, mas será que não há mesmo escapatória?

Não me agrada a ideia...

Curtas Mensagens

Se a fruta estraga cheira a figo, os figos estragados cheiram a quê?

Liberdade Condicionada

Só faltava sangrarSe há alguma coisa que enquanto autor de blog e comunista de armário me preocupa imenso, é a liberdade de expressão.

Tanto que acabei a criar um blogue secundário para o conteúdo mais pornográfico.

Descobri recentemente que há uma lei em Portugal que proíbe a negação do holocausto.

Como se pode ver aqui na página 58, artigo 240, ponto 2, alínea b, é proibido negar o acontecimento do holocausto.

Quer dizer, eu não o nego pessoalmente, embora ache que os números estejam um pouco inchados, a revolução vermelha na China fez mais mortes, ou o regime Estalinista na Rússia muito mais, mas negar negar, não nego!

O ponto não é esse... o ponto é que se quiser negar, não posso!

Não posso dizer "Não houve holocausto".

E a minha liberdade de expressão, cadê? Então não posso dizer o que me apetecer?

Quer dizer, eu posso dizer que acredito num zombie que faz milagres, ou num homem com cabeça de elefante que perdoa os pecados do mundo, ou numa mulher com seis braços que é capaz de dar a vida eterna, ou num gordo que prega contra o excesso... mas não posso dizer que não acredito no holocausto?

Posso dizer que não acredito na evolução, que não acredito que a terra é redonda, que não acredito que os brancos e os pretos sejam iguais, mas não posso dizer que não acredito que 6 milhões de pessoas morreram em 6 meses...

Parece-me absurdo e anti-constitucional.

Podes dizer tudo o que te apetecer, mas isto não.

Não podes falar mal de pretos, que fica feio. Mas podes falar mal das brasileiras, que toda a gente fala.

Não podes falar bem do nazismo, que Deus castiga-te! Mas podes falar bem de Deus, que os nazis não te vão castigar.

Podes falar mal dos indianos, dos chineses e dos ciganos. Mas também podes ir comprar o que eles têm para vender, que não há problema.

Este double standard, esta duplicidade de ideias é um cancro na nossa sociedade.

Há uma linha entre o que é socialmente aceitável dizer e o que é aceitável fazer...

E não deveria ser assim.

Diz-me com quem andas e dirte-ei quem és, se compras nos chineses perdes o direito de falar mal deles.

Mas não deveria haver uma lei contra isso, as pessoas têm que ter o direito à hipocrisia.

Se alguém expressa só uma pontinha de xenofobia, é quase que apedrejado em praça pública.

Mas a nossa linguagem está repleta de expressões xenófobas!
"Negócios da china", "preços de americano", empreitadas "para inglês ver", para não esquecer os descarados "sou preto ou quê?" e "eles são brancos, que se entendam".

Mas dessas ninguém se queixa, porque sempre se disse e não é com má intenção...

Como se isso fosse desculpa!

Olha lá tu és um grandessíssimo estúpido, mas não te ofendas que não é com má intenção!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Posters de Pescada

E outro!

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aeroporto X

Sim, aquilo é um vibradorDada esta minha mania de meter o nariz onde não sou chamado, acho que umas das profissões que gostaria de ter era de guarda de aeroporto, daqueles que estão à máquina do raio X a ver o que é que tem dentro das malas.

Eles devem ver cada coisa que contado ninguém acredita!

É isso e carteiro, que também deve ser cada uma que só visto.

Um dos problemas do hotel, aliás, de qualquer hotel, é pessoal a roubar toalhas.

Oras, nós fazemos um levantamento mensal de hóspedes, quantos são, quantas noites passam, de que nacionalidade são, essas coisas.

Era só pedir aqueles gajos do aeroporto para contarem as pessoas pelo raio X!
Muito mais fácil e concentrava-se o trabalho!

Citando um filme do Wong Kar Wai "Estás na América, é suposto levar as toalhas!"

Se toda a gente leva toalhas, é só ver a bagagem!

Gente Amarela

Lá de vez em quando, praí uma vez por década ou assim, aparece um fenómeno cultural ou social que muda o mundo como o conhecemos.

Pode ser uma invenção tecnológica, como o telemóvel, uma atitude anti-sistema, como as mulheres usarem calças, uma nova religião, como a cientologia, ou uma coisa pequena... como uma série de televisão.

Embora já houvesse animação adulta como a inesquecível Betty Boop e animação com algum conteúdo adulto como se nota por muitas das piadas dos Looney Tunes, os Simpsons foram a primeira série televisiva de animação adulta de sucesso a grande escala na televisão e a primeira a passar em horário nobre.
Sim, porque Looney Tunes, Flinstones, Betty Boop e etcs ou eram ao Sábado de manhã ou no grande ecrã antes do filme.
A não confundir com a primeira série de "bolinha vermelha", que essa foi o South Park... a ideia não é fazer uma série para maiores de 18, mas sim uma série em que seria preciso ser adulto para perceber todas as piadas e referências e afins.

E se a série já vai com mais de 20 anos é porque estão a fazer alguma coisa certa.

Mas esta exposição toda só para poder reclamar...

Uma coisa que não nos podemos esquecer e que parece que toda a gente se esquece, é que Simpson é acima de tudo sátira.

Daí que temos um pai que bate no filho, o milionário que liberta os cães às crianças no Halloween, o Mayor absolutamente corrupto, os vizinhos fanáticos religiosos e etc e etc e etc.

Agora expliquem-me porque é que, estando perfeitamente percebido que é para um público adulto, os pais continuam a culpar os Simpsons pela corrupção das crianças?

"Ele viu na televisão, por isso está a fazer igual"

OK, génio... e quem é que o deixou ver isso na TV, hã?

Em 1992 o presidente Bush (não não é esse, era o pai dele) criticou abertamente os Simpsons em discurso público, dizendo que o Bart é um mau exemplo para as crianças.

Até o próprio presidente se esqueceu que esta não é uma série para crianças!

Quer dizer, isto passa em horário nobre... à mesma hora da Chica da Silva, as Raparigas da Playboy, o Cops, o Sexo e a Cidade, a L Word e mais uma centena de programas pornográficos e/ou violentos. Se os putos não deveriam ver esses porque raio é que os deixam ver Simpsons?

O problema é, como sempre, dos pais.

Há a mania americana, infelizmente bem verídica, de chamar a televisão de baby-sitter.
Os pais sentam os putos ranhosos à frente da televisão e eles que se entretenham para ali, e desde que não fodam o juízo a ninguém está tudo muito bem.

Antigamente, principalmente nos tempos da rádio, o consumo de media era uma actividade familiar.
Hoje em dia é um substituto para a actividade familiar.

A família sentava-se à volta da telefonia ou à volta da televisão a ouvir as últimas notícias ou a ver alguma série de interesse ou fosse o que fosse, mas faziam-no em família.

Havia um controle "hands-on" dos pais, sabiam directamente o que é que os putos estavam a ver, era muito mais fácil gerir o conhecimento à medida que ele fosse surgindo.

Os putos de ontem aprendiam com os pais. Hoje aprendem com a televisão.

Portanto aquela senhora que dizia que "ele viu na televisão, por isso está a fazer igual" devia ter perdido 5 minutos a explicar ao seu rebento que isto ou aquilo é assim ou assado...

Quer dizer, eu vi o Atracção Fatal mas não me dá vontade de ir enfiar os animais de estimação de ninguém dentro de água a ferver.

O mesmo se diz dos jogos de computador, mas isso já é uma sopa pra outra altura.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Posters de Pescada

E outro...

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FDS Parte II

Seguindo na ideia de que o marketing manda no mundo moderno e roubando um bocado o discurso de Carlin, vê-se cada vez mais por todos os lados esta treta new age de linguagem inventada.

Eles são gourmets, cereais integrais, Ómega 3, estilo caseiro, deluxe, reserva, edição especial e sei lá mais o quê, só pra falar da comida.

Não quero saber o quanto especial é a edição, caracóis são caracóis e eu não como coisas que andam movidas a ranho.

Aqui há uns tempos agarrei-me a um pacote de batatas fritas que dizia "com queijo verdadeiro".

Ora se este é com queijo verdadeiro, O QUE RAIO É QUE EU ANDEI A COMER ATÉ AGORA?

As pessoas não percebem o que é que compram, nem percebem o que é que comem...

Fala-se em milho transgénico e ninguém quer, com medo que lhes vá crescer um braço nas costas ou tentáculos nos pés ou cornos na testa... fala-se em figo enxertados, já não há problema nenhum, porque o meu avô fazia e o avô dele também e sempre ouvi dizer que até eram melhores.

Ora, meus senhores e minhas senhoras... São exactamente a mesma merda.
É a manipulação humana para criar um estirpe da planta que seja mais resistente às intempéries, ou aos parasitas ou seja o que for.

Não há muito tempo houve a tara dos E's... não se devia beber Coca-Cola porque tinha E's, não se podia comer doce de morango enlatado, era só em frasco, porque o enlatado tinha E's... Era (e ainda É) um filme. Principalmente o E330! Estava em todo o lado! Havia E330 em tudo desde o sabão da loiça até à Coca-Cola passando pelos bolos de caixa.

Andava toda a gente com medo de apanhar cancro ou sida ou a peste negra se sequer olhasse para uma lata de bebida!

Minha gente, como disse o Sócrates ao Portas... tenham juízo!

E330 é ácido cítrico! É sumo de limão! É o conservante mais natural que existe!

Mas não, as pessoas não se querem informar. As pessoas querem um papão, uma prova de que as grandes companhias estão a tentar nos envenenar, que nos querem viciar a comprar cada vez mais os seus produtos que só fazem mal mas sabem tão bem.

Quando alguém diz algo de bom ninguém acredita, mas qualquer coisa de mal espalha-se mais depressa que a gripe A.

O McDonald's anda a criar vacas com o dobro do tamanho para dar mais carne. A Coca-Cola serve para tirar manchas de sangue da estrada. O KFC corta os bicos às galinhas. O Red Bull é feito com esperma de touro. Comer Petazetas com bebidas com gás faz explodir o estômago. E mais e mais e mais...

Já tivemos Nazis, depois foram comunistas... agora é a Coca-Cola e o McDonald's.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Posters de Pescada

E mais um....

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

FDS

fds crl!!!Parto-me a rir quando alguém faz uma reserva para o fim de semana, os assuntos do email são sempre uma coisa linda...

"João Silva FDS"

Apetece responder qualquer coisa estilo, "Vai tu, FDP!"

Esta coisa das siglas tem muito que se lhe diga, e acho que se exagera na dose...

O marketing manda no mundo moderno e isso nota-se em tudo, desde discurso corrente até receitas de cozinha, acho que a língua portuguesa está-se a perder aos poucos e isto assim não vai lá.

Se não são os estrangeirismos são as palavras de marketing que não querem dizer nada "Gourmet" e "Oxi" e "Cereais naturais" ou pior... a linguagem da internet!

A poix e... a net e fx cmo crl, vdd? e wind wind de mort!

Isto assim, mais valia ser espanhol.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Hoe hoe hoe!E parece que estamos a entrar na época outra vez...

O Pai Natal, baseado na personagem de São Nicolau, bispo de Myra na Turquia praí no ano 300, é uma daquelas grandessíssimas tangas da sociedade consumista dos dias que correm.

O dito bispo tinha a mania de deixar moedas nos sapatos das crianças pobres pela rua, de onde se desenvolveu o deixar prendas no sapatinho à volta da chaminé. E é daí que se diz que ele é o padroeiro das crianças.

Um dos milagres que se atribui ao dito santo refere um homem que tinha três filhas perto da idade de casar mas não tinha dinheiro para o dote. Ou seja, não tinha dinheiro para pagar a alguém para casar com elas.
Sem marido e dada a sociedade daquela altura, as mulheres muito provavelmente iriam acabar em prostitutas.

São Nicolau, com pena do pobre homem com o grande fardo de três mulheres inúteis, deixou à porta do gajo um saco de moedas de ouro, para o dote da filha mais velha.

O homem ficou feliz da vida por finalmente ter uma maneira de se livrar da sua filha inútil, mas como a maioria dos turcos, ficou desconfiado da caridade alheia, pensando como se diz hoje em dia "ou é foda ou é canelada"...

No ano seguinte, no mesmo dia,lá vai mais um saco de moedas, para a outra inutilidade da casa.

O turco, desconfiado da vida, ao terceiro ano estava à espera do benfeitor, pelo que o santo trepou ao telhado e mandou o saco pela chaminé a dentro.
A última abécula supostamente teria as meias a secar à beira da chaminé, e daí vem a tradição de deixar meias e enchê-las de presentes.

E dado que salvou as tristes gajas da prostituição, São Nicolau é visto como o santo padroeiro das prostitutas.

E se isto já era assim meio para o bizarro, note-se nas coisas que normalmente não se contam...

São Nicolau teria 3 ajudantes, os Zwarte Piet, o que em português quer dizer "Pedro preto"... que são nada mais nada menos que, uns pretos.

Sim, o Pai Natal tem escravos... não, não é mentira.

Supostamente se te portasses mal o Piet deixa-te pedras de sal... e se te portares MESMO mal, o Piet enfia-te dentro da sacola e leva-te para Espanha.

Sim, os ajudantes do Pai Natal são pretos que raptam criancinhas.

Só não me perguntem é o que é que a Espanha tem a ver porque eu não faço a mínima.


E note-se a elaboração deste estratagema... agarram uma figura que tem de tudo para ser bom (menos os escravos, mas prontos) tiram-lhe todos os ícones religiosos, porque isto de sociedades modernas tem que ser politicamente correcto, e transformam-no num símbolo da Coca-Cola que convence as nossas criancinhas a foderem o juízo aos pais até eles gastarem o dinheiro que não têm a comprar merdas feitas na China que os putos não precisam.

É que agarram mesmo onde dói! Qual de vocês, pais babados fruto desta Geração Rasca, é que consegue dizer que não a um puto choroso que quer só mais uma PlayStation III ou só mais um Action Man ou só mais um filme da Hanna Montanna ou só mais uma Barbie ou só mais uma Wii ou só mais uma PSP ou só mais um computador ou só mais um jogo ou só mais um serviço de panelas da Filipa Vá-Com-Deus ou só mais um iPod ou só mais ou só mais... ou só mais uma outra merda qualquer que não serve pra porra nenhuma e que lá para o mês que vem eles já se esqueceram que têm?

Ninguém! Ninguém consegue dizer que não às criancinhas!

Ninguém tem mão nestes putos e tudo o que eles querem os pais dão e compram e gastam e arranjam e até roubam se for preciso!

Feliz Natal para todos vocês!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O peso errado

Ando com uma veia anti-social.

Estiveste na guerra e levaste um tiro no cú? Foste atropelado por um camião? Tens uma perna mais curta que a outra? Nasceste todo torcido?

Tens direito a uma cadeira de rodas, toma lá e faz bom proveito dela.

De acordo com uma estatística qualquer que eu vi na net que pode ou não ser verdade, a percentagem de venda maior destes belos meios de transporte não é, ao contrário do que se possa pensar, para pessoas que realmente não tenham outra solução, mas sim para enfermos de obesidade mórbida.

Perceba-se, estas cadeiras são mais vendidas a estúpidos que são tão gordos que já nem conseguem andar.

Se eu alguma vez ficar tão gordo que nem consigo andar, não quero uma cadeira, quero uma bala...

Talvez se comesses menos hambúrgueres e bebesses menos coca-colas ainda conseguisses dar uma volta ao quarteirão, seu inútil.

Escondem-se atrás das suas desculpas, que é uma condição médica, que as dietas com eles não funcionam, que já tentaram de tudo, mas não são capazes de admitir que são uns fracos!

E ninguém faz nada! Ninguém aparece com um chicote e obriga esta gente a ir dar umas voltas ao campo de jogos!

Porra, se alguém se tenta suicidar vai direitinho pra São Rafael! E estes que se estão a suicidar aos bocadinhos vão pra onde?

Mas não é difícil perceber porquê...

Estes é que consomem, estes é que compram as merdas que não custam praticamente nada a fazer e dão lucros exorbitantes... ninguém quer ajudar estes parvos pela mesma razão que os traficantes não andam a convencer os consumidores a deixarem a droga...

Porque aí acabava-se o sustento.

Enquanto esta sociedade continuar centrada no capitalismo, no lucro próprio, no "sonho americano", este mundo nunca vai para a frente e só nos tornamos cada vez mais fracos, cada vez mais inúteis e cada vez mais burros...

Nojeira Social

Arranjem um trabalhinho!Os valores desta sociedade enojam-me.

Se isto fosse um grupo de quarentões a babarem-se por raparigas de liceu, eram uns tarados, uns perversos, uns velhos nojentos.
Como são umas quarentonas a babarem-se por uns putos, está tudo bem.

Tenho um colega no hotel que pelo que dizem as más línguas é gay... ele nega veemente, diz que come esta e aquela, que faz e acontece, mas de dia pra dia há mais provas contra a heterossexualidade do rapaz.

A sério, quando é que isto ficou desta maneira?
Quer dizer, não somos todos humanos? Porque é que alguns humanos podem sentir-se atraídos por humanos, sejam eles mais novos ou com o mesmo equipamento ou for o que for, e outros humanos não?

Porque é que há esta linha tão definida nas nossas diferenças de sexo?

Porque raio é que achamos sempre que cabeleireiro, pasteleiro, ou qualquer outra das profissões mais "finas" é gay? E se uma mulher quer trabalhar nas obras ou ser camionista, obrigatoriamente é lésbica machona?

Porque é que uma mulher não pode trabalhar na construção civil? Porque é que um homem não pode ser dono-de-casa?

O que raio é que se passa connosco?

Estamos assim tão dispostos a desperdiçar intelectos só porque um livro com dois mil anos diz que é errado? Porque a nossa avó não achava bem?

Se uma mulher tem queda para taxista, porra, deixem-na conduzir um táxi! Acho que a sociedade fica mais bem servida...

Da mesma maneira que se um homem tem queda para cabeleireiro, deixem o gajo cortar cabelos!

Se são essas as profissões que eles desempenham melhor, acho que para a sociedade só faz bem... temos profissionais mais bem qualificados, que desempenham um melhor trabalho, e toda a gente fica feliz!

Mas não... a vizinha, a tia, a avó e o padre acham que não é feminino suficiente a mulher trabalhar... que não devia ter opinião, que não devia falar alto, só serve para limpar a casa, fazer comida e cagar um filho por ano...
E o homem exactamente o contrário... tem que ser sujo e a cheirar a cavalo, tem que ter terra debaixo das unhas e não pode gostar da Britney Spears nem da Mariah Carey.

Detesto Britney Spears, mas também não cheiro a cavalo... não me queria ver nú no mesmo quarto que outro homem, mas não tenho problema nenhum com quem o faz, acho que cada um tem os seus gostos e as suas maneiras e nós não temos nada a ver com isso...

Se nos fosse dado espaço para crescer, para experimentar e decidir por nós próprios em vez de nos martelarem na cabeça que assim não está certo, que daquela maneira é que devia ser, que isto que aquilo e que o raio que o parta...

Com esse espaço, com essas oportunidades, havia muito menos depressões, muito menos casamentos destruídos porque afinal um deles era gay e tinha vergonha, muito menos stress de "E se alguém descobre, e se alguém vê ou sabe ou diz ou o caraças"...

E no fundo no fundo, havia muito menos infelicidade.

E se há uma coisa que todos merecemos é uma hipótese de ser verdadeiramente feliz.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Núticias

Roubada das internetesE as brasileiras chegaram em massa...

Pois é. Olha-se para o jornal e já há mais brasileiras que "vende-se", "aluga-se" ou "precisa-se", e muito em breve até vai ter mais que eles todos juntos. Por este andar, o Diário Insular vai ter que mudar o nome para "Público Insular".

Nada contra as meninas, e sempre disse que quem não publicita não vende, mas não sei se isto deveria estar na mesma página que os obituários e as promoções de natal dos restaurantes locais...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O cliente NÃO tem sempre razão

É só uma picadinhaEsta vem inspirada do Grey's Anatomy...

Acho que acontece com todos nós mais tarde ou mais cedo, esquecermo-nos que as nossas profissões não são só uma maneira de ganhar dinheiro.

Há trabalhos por aí, médicos, polícias, repartições públicas, hotelaria, comércio e muito muito mais, em que o cliente é o centro da trabalho.

Perceba-se, por muito bom profissional que eu seja, se não houver clientes ou se o cliente não ficar satisfeito as minhas capacidades não servem de nada.
Como tal, o meu trabalho centra-se no cliente e não no trabalho em si (diferente por exemplo do trabalho fabril, dos trabalhos de tradução, dos trabalhos de armazém ou da mecânica carpintaria e afins, em que muitas vezes nem se vê o cliente).

As pessoas não se podem esquecer que, embora o cliente não tenha sempre razão, o cliente é que é a única pessoa a quem temos mesmo que agradar.

Se o cliente quer ostras com iogurte, ou lhe damos o raio das ostras ou damos uma explicação muito boa de porque não.

O que interessa é o cliente ficar contente, ou com as ostras ou com a resposta.

É claro que isto são regras gerais, que há clientes inagradáveis, que por muito bom trabalho que façamos o patrão nunca está contente, que por muito bons que sejamos corre sempre tudo mal, mas no geral é uma regra que nunca nos devemos esquecer, e que invariavelmente todos nos esquecemos.

É por isso que eu digo que todos devemos fazer o que gostamos.

Se estás numa profissão que não gostas até podes ser bom, porque a experiência tem o seu peso, mas acabas por te fartar e o cliente vai estar sempre insatisfeito.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

District 9

A sério, vejam...
Must See.

Este é um daqueles que merece ser visto, por todos os motivos.
É uma boa história, um fim diferente do habitual, um assunto delicado, boa CGI, bom actores (e não são superestrelas!), boa realização, boa fotografia, enfim...

Este filme custou só 30 milhões de dólares, o que para os dias que correm é extremamente barato, e consegue agarrar muito mais que qualquer Twilight ou 2012 que apareça por aí.

E da próxima vez que alguém vos perguntar porque é que nunca tivemos contacto com os extra-terrestres, é porque muito provavelmente a nossa reacção seria esta.

É claro que se quisermos embirrar, encontra-se sempre um pormenor ou outro, como por exemplo de onde raio é que veio aquele mech, mas no geral está muito bem conseguido.

Provavelmente o mais interessante para mim foi ver que mesmo depois de tudo, já bem perto do fim, continua-se a notar na linguagem do Wikus que ele vê os ET's como uma raça inferior, o que mostra que os ódios não são nada fáceis de deixar...

Não vou entrar em muito mais pormenores para não estragar, mas é sem sombra de dúvida um filme que merece ser visto.