De acordo com um e-mail que o facebook me enviou, 5 amigos meus fazem anos esta semana.
Só de raiz deve-se notar que o facebook envia-me mais e-mails que todos os meus amigos juntos, mas isso talvez seja sinal dos tempos, prova do atual cenário tecnológico.
Já ninguém envia mails. Já ninguém escreve cartas, ninguém visita ninguém só porque sim, ninguém sai de casa para se encontrar com ninguém para saber da vida deles, ninguém vai pro café na esperança de encontrar os amigos, ninguém faz nada espontaneamente...
Faz-se tudo pela internet. O facebook espelha ao mundo as nossas ideias, os SMS servem de agenda e todos estão contactáveis a todo o momento e em todo o lado. Com dois cliques falamos com família que está do outro lado do mundo, que nunca vimos pessoalmente, que talvez nunca iremos conhecer, sem barreiras nem entraves.
Não há filtro. Não se pode dizer "agora não me apetece" sem que se ofenda alguém. Porque assim que dissermos à tia que agora não dá porque estamos muito ocupados, ela vai pro face ver que afinal estamos ligados na PSN numa maratona de FIFA ou qq coisa assim.
E ao mesmo tempo não há máscaras. E acreditem ou não, as máscaras são necessárias. Se as pessoas soubessem que o doutor que lhes trata da saúde nem há 5 anos atrás estava aterrado no meu sofá podre de bêbado, pra não ir pra casa para a mãe não o apanhar naquele estado, se calhar não o queriam como doutor. Se calhar não o achavam competente suficiente.
É necessário, para aquele doutor por exemplo, não revelar os seus podres à vista do mundo.
Porque embora ninguém consiga olhar para dentro, apontar todos sabem. E num país que o que menos falta são dr.s, se aquele não é sériozinho arranja-se outro.
Face a isto, censuramo-nos a nós próprios. Não mostramos o nosso lado cru porque não queremos ser julgados. E no fundo ninguém nos conhece, porque nunca mostramos o verdadeiro eu.
Isto cria a ilusão de conhecimento... na realidade estamos todos sozinhos e ninguém conhece ninguém.
E com cada vídeo de youtube, com cada post de blog, com cada share de facebook, ficamos mais sozinhos... e com menos amigos.
Só de raiz deve-se notar que o facebook envia-me mais e-mails que todos os meus amigos juntos, mas isso talvez seja sinal dos tempos, prova do atual cenário tecnológico.
Já ninguém envia mails. Já ninguém escreve cartas, ninguém visita ninguém só porque sim, ninguém sai de casa para se encontrar com ninguém para saber da vida deles, ninguém vai pro café na esperança de encontrar os amigos, ninguém faz nada espontaneamente...
Faz-se tudo pela internet. O facebook espelha ao mundo as nossas ideias, os SMS servem de agenda e todos estão contactáveis a todo o momento e em todo o lado. Com dois cliques falamos com família que está do outro lado do mundo, que nunca vimos pessoalmente, que talvez nunca iremos conhecer, sem barreiras nem entraves.
Não há filtro. Não se pode dizer "agora não me apetece" sem que se ofenda alguém. Porque assim que dissermos à tia que agora não dá porque estamos muito ocupados, ela vai pro face ver que afinal estamos ligados na PSN numa maratona de FIFA ou qq coisa assim.
E ao mesmo tempo não há máscaras. E acreditem ou não, as máscaras são necessárias. Se as pessoas soubessem que o doutor que lhes trata da saúde nem há 5 anos atrás estava aterrado no meu sofá podre de bêbado, pra não ir pra casa para a mãe não o apanhar naquele estado, se calhar não o queriam como doutor. Se calhar não o achavam competente suficiente.
É necessário, para aquele doutor por exemplo, não revelar os seus podres à vista do mundo.
Porque embora ninguém consiga olhar para dentro, apontar todos sabem. E num país que o que menos falta são dr.s, se aquele não é sériozinho arranja-se outro.
Face a isto, censuramo-nos a nós próprios. Não mostramos o nosso lado cru porque não queremos ser julgados. E no fundo ninguém nos conhece, porque nunca mostramos o verdadeiro eu.
Isto cria a ilusão de conhecimento... na realidade estamos todos sozinhos e ninguém conhece ninguém.
E com cada vídeo de youtube, com cada post de blog, com cada share de facebook, ficamos mais sozinhos... e com menos amigos.
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