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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

domingo, 24 de junho de 2012

Diz-me com quem andas

Já vou avisando que este é controverso. 

Eu tenho um hábito sempre que vou de férias em que nos primeiros dias rapo o cabelo, normalmente à lâmina e deixo crescer a barba.

Não há razão em especial, parte é rebeldia porque normalmente não posso e então vingo-me nas férias, parte é nostalgia em que andava sempre assim nos tempos de liceu e a maior parte é já por tradição, faço-o porque sempre o fiz.

Uma coisa a que eu não consigo escapar é a reação pública.
Casaco de (pseudo-)cabedal, botas de biqueira de aço, careca e barba grande, fico com cara de mânfio. Qualquer loja que entre, tenho sempre um empregado a marcar. Nos restaurantes sou sempre mal servido e até chega a acontecer pessoal atravessar a rua só para não se cruzar comigo.

É o custo de fazer o que me apetece... as pessoas acham o que acham e reagem em concordância com isso.

Isto para dizer que de bem cedo percebi que a imagem muda a atitude que as pessoas têm perante nós. É por isso que usamos fato nas entrevistas de trabalho. Ou a nossa melhor roupa pra ir à missa. Ou até a nossa pior roupa para ir ajudar um amigo com as mudanças (não tenhas vergonha de pedir nada, que como a roupa mostra estou pronto pra tudo). O ar que projetamos é estudado para o que queremos que as pessoas pensem.

Ontem caminho do trabalho vi uma rapariga toda indignada porque um bêbado qualquer estava a fazer-se a ela no meio da rua. À frente dum bar. Às onze e meia da noite. Em que ela só tinha um par destes e um top justíssimo vestido. Em que a amiga dela estava ao marmelanço com um outro gajo qualquer. Na mesma rua. À vista de toda a gente.

Não é querer dizer que algumas estão a pedi-las, mas também não é de ficar indignado quando aparece algum a oferecer!

Isto é quase a mesma coisa que borrar-se de sangue para se atirar à água e depois ficar todo espantado quando aparecem os tubarões!

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