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Divagações, Diatribes e outros Semelhantes

terça-feira, 16 de junho de 2009

Alvorada

Twinkle twinkle little star...Eu jogo Vampire.
Eu gosto do movimento gótico, aprecio os seus ideais.

O VtM baseia-se em poucas premissas:
A vida é uma merda.
Tudo o que fazes só piora esse facto.
Nunca vais conseguir recuperar o que perdeste.
Tudo o que arranjares para substituir isso vai saber a pouco.

É isto, basicamente. Quem percebe isto percebe o que é ser vampiro, no contexto do jogo.


Ser vampiro, tal como ser o monstro de Frankenstein ou lobisomem, não é bom, não é de meter pena.
Os vampiros não são uns coitadinhos, são monstros.

Não são umas almas incompreendidas à procura de salvação mas sim aquilo de que a salvação é necessária.

Quando um vampiro bebe sangue rouba a vida à sua vítima e desde o início está condenado por isso.

Pegue-se no Drácula de Bram Stocker, ou pelo menos no filme do Coppola.

Por muito gira que a Mina seja, nunca vai ser substituto para a suicida Elisabeta.

Qualquer criatura capaz de atirar um bebé às feras é irredutivelmente mau, por mais amor e carinho que se lhe dê.

Lembrem-se que o homem prendeu o Jonathan (admita-se, numa prisão bem original) para lhe ir roubar a noiva.

Conclua-se por estes e outros exemplos que estamos a falar de uma criatura sem escrúpulos, sem limites na sua perversidade, que não para em nada para atingir o que quer.

O vampiro é a representação mais pura de "evil" dos tempos modernos.

Acho que esta excessiva romantização dos grandes horrores está a fazer com que perdamos os nossos grandes monstros, aquelas coisas que nos fazem ter medo do escuro.
É o seguimento do "coitadinho, a culpa não é dele, a sociedade é que o fez assim".

Estão a transformar montros em humanos e isso é profundamente mau.

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