
Não posso dizer que seja um funcionário, porque não desempenho só uma função.
Talvez multi-funcionário, mas nem isso, porque nada do que faço é feito por mim do início ao fim, ou seja, nunca desempenho completamente uma função.
Também não posso dizer que seja um empregado, isto não é função pública, não é um emprego no verdadeiro sentido da palavra (leia-se, tacho).
Não afirmo que sou um trabalhador, porque não sou um agricultor, ou um mineiro, nem um construtor, nem um lenhador, enfim nenhum daqueles indivíduos que realmente trabalham.
Não me posso considerar um profissional, porque não tenho estudo nem formação para esta área, sendo que nunca tenho garantia de que aquilo que fui aprendendo ao longo dos anos está realmente correcto.
Não me posso julgar um colaborador, porque sou pago para fazer o que faço e que por muito que adore ou despreze determinadas tarefas que desempenho, tenho que as fazer na mesma.
Embora muitas vezes me sinta assim, não sou um escravo. Por muitos problemas futuros que isso me possa ou não causar, sou livre de sair por aquela porta e não mais regressar.
Em suma, sou um triste... vou praqui andando, ao sabor da maré, fazendo o que devo e tentando não fazer o que não devo... Às vezes consigo, outras vezes não, e enfim, como sempre ouvi dizer, não venha a pior!
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