São 4 da manhã.Um grupo de crianças, a rondar os 13 anos, vão a descer a rampa para a silveira.
Um deles está munido de uma bebedeira tal que se lembra de ir mijar contra o portão de entrada do hotel.
Espreitei por cima do burro e berrei lá pra baixo. Nem pestanejou.
Nem medo, nem respeito, nem merda nenhuma.
Foi preciso ameaçar chamar a polícia para o impedir de regar o portão.
Não percebo estas crianças.
A minha primeira bebedeira foi com 2 cervejas, tinha quase 15 anos. Já nessa altura levei um raspanete tamanho que levou mais uns anos até me voltar a desgraçar.
Não me esqueço do olhar do meu pai. O desânimo contido naquele olhar, um misto de desespero e desilusão, com um muito escondido mas presente desprezo pelo que eu me tornara naquele momento.
Onde é que andam os pais destas crianças?
Os guardiões da inocência que se perde nas ruas desta cidade em festa?
Os responsáveis por formar e educar os líderes de amanhã?
Em que é que pensam quando vão para a cama, com os filhos fora de casa?
Será que sequer se lembram que são pais, que têm responsabilidades?
A cada dia que passa a vida me dá mais razões para amar incondicionalmente os meus pais.
Com todos os seus defeitos, com todas as suas coisas menos boas, mesmo assim conseguem ser infinitamente melhores que os outros, os que foram responsáveis por educar estas crianças que me regam o portão às 4 da manhã.
Os pais destas criancas meu amigo estão nas mesmas festas dos filhos e perdem os filhos no meio das grades de cseveja emborcadas em linha de fabricação em frente as balcões das discotecas e das tascas, por isso nem se lembram que levaram os filhos consigo. Portantes estes miudos na podem tyer nem decencia nem medo porque os pai numca meteram medo nos filhos nem decência se alguma vez estes pais tivessem ameaçado os filhos de morte ele já tinham algum medo e decencia, e acima de tudo sentido de limite.
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